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Sammis Reachers C. Silva

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


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Fortuna crítica: 


Alguma notícia do autor:

  • Bio-bibliografia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Michelangelo, 1475-1564, David, detalhe

 

Leighton, Lord Frederick ((British, 1830-1896), girl

 

 

 

 

 

 

Winterhalter Franz Xavier, Alemanha, Florinda

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva



 

Bagdá 2006 (07? 08?...)


Filho, nesses dias eu ainda via.
A criança
- uma criança iridescente,
uma criança impossível -
escondeu
a lacrada caixinha
sob os escombros da escola,
ali, naquela esquina.

Você ainda enxerga?
Oh por favor então, soldier,
traga-ma de volta,
se for (c)a paz.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jacques-Louis David (França, 1748-1825), A morte de Sócrates

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva


 

Dream On


Eu derramei uma lágrima
Que era como e maior que
Os aqüíferos de Maranhão do Sonho

Uma lágrima que pulsava como um coração
Uma fiação a estranha
Entranha duma estrela

Se eu fosse um poeta Gullar,
“menina branca como a neve,
me leve...”
mas não o posso, não o sou.

Era uma negrinha que me fez sofrer,
Uma princesinha sem trono (mas cheia de soul)
que me remiu
em sua fé e suas simplicidades.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva


 

Composição em Ah menor



"Quem ama a sua vida, perdê-la-á;
E quem neste mundo aborrece a sua vida,
Guardá-la-á para a vida eterna." Jo 12:25



Há de se morrer
Para que se viva;
Se matamos a ilusão
Se nos abrem as portas à eternidade.

Dou meu peito às flechas,
A face aos falsos beijos:
O que quer que me mata,
Mata lentamente.

Deus me compõe lentamente.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva


 

Dos Esplendores


Entre os lapsos & tiroteios da fuga
Encontrei uma Porta Esplêndida.
Destroçando e sendo destroçado pelos Limites,
Sitiado em cercanias da morte
(morte que não sabia, morte-que-só-ceifa-os-cegos),
uma foice foi-me entregue (lâmina de luz)
com que rompesse a lúgubre relva,
a resistência densa e satânica da relva...
e então, de sob o cipoal e mortalha,
uma ruína secreta desvelou-se:
o que a relva encobria era o meu coração.

Livre da caverna de Platão,
Segurei aquela mão estendida:
E o que me dera a foice
E me revivera
(pois me revivera, eu fora ossos combatentes
e não sabia)
alistou-me em seu Exército (seu próprio Corpo),
armando-me com a mais esplêndida armadura,
a Armadura de Deus.
“Volte à selva, tendo cingida aos lombos a verdade,
vestida a couraça da justiça,
calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Empunhando firme o escudo da fé,
O capacete da salvação e a espada do Espírito,
Que é a palavra de Deus. *
Vá menino amado, apregoar Jesus
Em todas as latitudes.”



* Efésios 6:11-17


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Da Vinci, La Scapigliata, detail

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva


 

A libertar
 


"Foi para isso que o Filho do homem se manifestou,
Para destruir as obras do diabo."



Há homens que vivem
Em cima do muro


Há homens que vivem
De um dos lados do muro



Há homens que sobem
E descem do muro
E mudam de lado



Há homens que destroem o muro.



Venha para Jesus, vem! Vamos viver
a derrubar os muros.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva


 

Aguilhão quebrado


Nietzsche disse que

"Quando você olha dentro do abismo,
O abismo olha dentro de você"

Ontem pela manhã aqui no quintal eu olhei
lá dentro do abismo e

ele me mostrou um enorme girassol:

"Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Onde está, ó inferno, a tua vitória?" *


*I Coríntios 15:55

 

 

 

 

 

 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), A Classical Beauty

 

 

 

 

 

Sammis Reachers C. Silva



 

Zepelim Salmão



Os motores queimando cada vez mais propano,
O azul celeste alcançado, rasgado,
Deus no coração, alma cada vez + Oceano



 

 

 

 

 

 

24/08/2006