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Olga Amorim 

olga.amorim@uol.com.br

Delaroche, Hemiciclo da Escola de Belas Artes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia & Conto:


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna crítica: 


Contos:


Alguma notícia da autora:

  • Bio-bibliografia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Albrecht Dürer, Mãos

 

Michelangelo, Pietá

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Olga Amorim


 

Leituras Críticas


... pela remessa do material do seu Grupo. Temos muito em comum de luta nesse campo. Dalila Telles Veras ( Santo André – SP )


Suas qualidades intelectuais merecem elogios. Você terá justo sucesso. Aristeu Bulhões ( Santos – SP )


Uma escritora perfeita, na prosa como no verso, por natureza foi feita, A melhor deste universo. José Miranda Jordão ( Rio de Janeiro – RJ )

(...) Também, uma vocação de Penélope para tecer palavra após palavra esse faz-desfaz do tempo que passa, esse mãe-filha-avó regado a água-de-flor-laranjeira. Ah, essas lembranças envoltas em filó, guardadas nos gavetões da memória! “Dedos de Prosa”
Maria José Giglio (Casa do Escritor S. Roque – SP )

(...) o poema de bela elaboração... Pensando poesia... sintético, sonoro e bem realizado. Hugo Pontes (Poços de Caldas- MG)

“Corre a vida/na avenida/sem congestionamento”.
Esta foi a bela mensagem que me trouxe a Antologia Poética Nacional com a sua tríplice colaboração...meus parabéns por sua produção. Acho importantíssimo que tudo que se dá ao público seja de conteúdo nobre e elevado. Pe. Henrique Perbeche ( Ponta Grossa – PR )

(...) justíssima homenagem ao seu edificante trabalho cultural e elogio merecido...
Joaquim Eloy Duarte dos Santos
Academia Petropolitana de Letras – Presidente

Muito bonito seu poema falando o ouro alquímiico da poesia.
Abração grande. Leila Míccolis ( Rio de Janeiro – RJ )

Aproveitei muita coisa de seus textos e outros serão trabalhados em sala de aula. (...) não esqueça do velho professor aqui do interior de Pernambuco e envie de vez em quando obras de sua autoria. Mui cordialmente, Guido de Oliveira Torres ( Gameleira – PE )

... y especialmente para decirte que la poesía tuya es hermosa, llena de ternura y me encanta leerla. Afectuosamente.
Stella Gagliardi de Fontoura ( Salto – Uruguay )

(...) gostei de “Na Sé o menino só”. Delicadeza estruturada!
Vasco José Taborda ( Curitiba – PR )

Localizei-a no Dicionário do Igreja! (...) Segue também a minha coluna com duas pequenas poesias suas. Mas elas são grandes em conteúdo. Silvério R. da Costa ( Chapecó – SC )

Excelente Olga Amorim: Eu tinha certeza de que seria Você a primeira a se apresentar para colaborar com o POITIKÉ. (...) Espero publicar mais trovas suas, Suas belas trovas sobre a Latinidade...
Diniz Felix dos Santos ( Brasília _ DF )

(...)”É forte a tua lavra, certamente foram em terrenos férteis onde lançaste tua semente. (...) Tua poesia é mesmo uma “receita eficaz”para nós que amamos esta arte. Feliz em receber tua palavra. Ronaldo Cagiano ( Brasília - DF )

“PASSA POESIA (1993). Livro nascido da maturidade, pleno de experiência e de vida. Olga Amorim oferece ao público obra que nasce consagrada pelo magnífico trabalho prestado às nossas leras através de anos de profícua atividade que lhe foi reconhecida com a outorga de Intelectual do Ano de 1991, pela cidade onde reside, Catanduva. Com poemas cheios de ternura e cálido calor humano, é de leitura agradável e amena.”
(Comentário publicado no JORNAL DOS PROFESSORES, órgão do Centro do Professorado Paulista, em outubro de 1993, São Paulo. Seção “Livros & Autores”, página 7, Ano XXVIII – No. 271.)

OLHO DÁGUA
Poesias Olga Amorim Scortecci Editora São Paulo/SP, 1999

Este livro traz a poesia com traços pictóricos de Olga Amorim, poemas repletos de imagens do chão do planeta, de ternura e cálido calor humano, de leitura agradável e amena. Tanto mais poeta que saudada por Antônio Bivar, em 1944, em comentário a outra de suas obras, DEDOS de PROSA: “E assim é o espírito da coisa. É o livro de Olga Amorim, são as cúmbias colombianas que ponho a tocar, é a imaginação que voa até uma tarde de verão na Toscana(onde, aliás nunca estive). Não tem explicação”.
O ESCRITOR Jornal da União Brasileira de Escritores - São Paulo.
No. 89-Dezembro/1999 Seção ESTANTE, página 19.

AVENTURAS DO SAPO JANUÁRIO (literatura infantil), Editora Komedi, Campinas-SP, 2002, 20págs.

Traz a história de um sapo maltratado que vira bicho de estimação. Um trecho: “Deu-me o nome de Januário. Ah! Como é bom a gente ter nome, família, ser respeitado e querido. Nunca mais pedradas nas costas nem ameaças de pauladas”
Nozarte Informativo Impresso e Eletrônico. Edits. Ricardo Alfaya e Amelinda Alves. Ano X – No.12 – jun. 2004 – Rio de Janeiro – RJ, pág.23

REVISTA da FOLHA - 11 de abril de 2004 – ano 12 – no.615.
Cardápio literário

Dez escritores indicam 50 obras para rir, amar, ter fé na humanidade, fugir da depressão e seduzir alguém.
Vôo de Libélulas, Olga Amorim, Scortecci, 72 págs .
São haicais deliciosos. Olga Amorim é uma poeta brasileiríssima e surpreendente. Se for descoberta pelo grande público, será uma Cora Coralina para o século 21. Seus outros livros são tão bons quanto este. Antonio Bivar – Antídoto contra a depressão.

Gostei muito de seu livro “Vôo de libélulas”.
São haicais com um sabor tão brasileiro, mas preservando toda a riqueza e a contenção dessa forma poética que nos chegou do Oriente. Simplicidade e requinte. Uma poesia que nos chega como um dia de verão no vôo de suas libélulas. Parabéns.
São Paulo, 23 de setembro de 2004. Marigê Quirino Marchini, escritora.

Querida irmã Olga Amorim
Recebi e agradeço, encantada, teu “VÔO DE LIBÉLULAS, EM CUJOS HAICAIS PUSESTE ALMA E CORAÇÃO. Não só contém o teu profundo lirismo como também as recordações de tua própria vivência (...) Estou evocando com eles as minhas próprias vivências, com nostalgia e imensa saudade. Que Deus sempre te ilumine.
São Paulo, 28 de novembro de 2003.
Adélia Victória Ferreira
Presidente Emérita e de Honra da Casa do Poeta “Lampião de Gás”de São Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Theodore Chasseriau, França, 1853, The Tepidarium

 

 

 

 

 

Olga Amorim


 


Visão de Verão


A gata galga o muro
reclama o cão escuro.

A romã pintalga.
o calor perdura.

A romã estala.
O calor perdura.

Voeja o beija-flor.
O calor perdura.

Abelha ronda o aroma
da goiaba madura.

O calor perdura.
Bem-te-vi te-vi te-vi
na antena de televisão.
 

 

 

 

Culpa

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Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Olga Amorim


 

Permutas poéticas


Troca-se um cheiro de fumaça
por um odor de terra molhada.

Uma nuvem de pernilongos por
uma nuvem branca, de vapores
condensados lembrando sorvete de limão.

Um gramado grande, ressequido
por um canteiro de Amarílis.

Um caixote de folhas secas por
um ramo de alecrim.

Meia dúzia de envelopes de sementes
de flores por um buquê de violetas.

Um céu sem nuvens por outro, carregado
de nuvens densas.

Uma estiagem por um temporal.

Uma chuva de fagulhas de canavial
por uma chuva criadeira.

Um cheiro de garapão por
um odor de murta.

Alguns sonhos desfeitos
por uma esperança.

 

 

 

 

Um esboço de Da Vinci

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Rodrigo de Souza Leão

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Triumph of Neptune

 

 

 

 

 

Olga Amorim


 

Gata de estimação


Minha presença sente
um olho entreabre
azul azinhavre
indiferente.

Na almofada
reclinada
melhor se ajeita
e me espreita.

Afogo o enfado
ante a beleza da cena.
Rendo-me à sua teima
minha ternura extravaso
no achego, no afago.

Sou seu vassalo – ela reina.
 


 

 

 

Soares Feitosa, dez anos

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Marco Aqueiva

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Olga Amorim


 

Boca de vento


Vem de onde? Este vento
vem todo dia. Vento de praia.
Vem o menino. Vem pelo vento.
Atento ao vento levanta
a arraia.

Vem de onde? Este vento
vem sobre o mar.
Brisa de praia, leve,
diária. Vento salino
vem desenhar.

Vento marinho, a soprar, soprar...
Sopro salgado, embala a catraia
já sossegada, ancorada
na praia.

Vento tão leve
sempre a adejar
de praia em praia
inventa na areia
motivos do mar.

 

 

 

Hélio Rola

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Márcio Catunda

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, The Judgment of Solomon

 

 

 

 

 

Olga Amorim



Avenida São Domingos


O dia
nem rompeu
o véu da noite,
Súbito – o açoite.

Um ronco de moto
corre, corta,
rasga o espaço
... som de aço.

Interrompeu
o sono do rio...
 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle

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Paulo de Toledo

 

 

 

 

 

 

 

 

Poussin, Rebecca at the Well

 

 

 

 

 

Olga Amorim


 

Campos do Jordão


Caminho de terra
Gorjeio de passarinho
Silêncio quebrado.

Ainda orvalhado
pleno azul de miosótis
pardal no degrau.

Hortências azuis.
Os pinheiros perfilados
A brisa no rosto.

Parada Tanaka
Na Mantiqueira a oferta
de pinhões quentinhos.

 

 

 

Leonardo da Vinci, Embrião

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Leontino Filho

 

 

17/01/2005