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O que o tempo há de querer?

 

 

Soares Feitosa

 

 

Ana, que também é Anna, me disse: "Ela me olhou pela vez primeira quando eu aindaA menina afegã, de Steve McCurry dava aulas. Há quase dez anos. Encontrei seu rosto na capa do livro de Ciências que eu usava na escola. [...]. Hoje de tarde subi a ladeirinha e até chegar em casa, pronunciando a mesma palavra espantada. Nossa!! Nossa!! E o êmbolo crescendo tanto quanto a ladeira, que nunca me pareceu tão imensa. O caminho habitual não me traria nenhuma banca de revista, muito menos um pôster. O que o tempo quer de nós?" 

Que, também Ana, a madrinha, um dia de tarde, aprontou a tábua em cima da pia da cozinha e disse que estava a fazer alfenins. Antes que nos cheguem os alfenins, chega-nos o puxa, e todo mundo sabe disto. Água, a tábua molhada. E, sobre a leve lâmina d'água, o mel fez-se véu e torrente. Quase quente. Acalmou-se, tomando forma de coisa que espalha e preenche. Antes, no fogo, borbulhara, quente. Espesso. Vulcano.

Noutro dia, também de tarde, desta vez a mãe, quando retirava o ar da seringa, no alto da agulha aquela gota se explodiu depois de encher completamente todo o espaço de uma gota. 

O bucho do compadre, negro, branco como uma mão-de-cal, a madrinha já lhe lambuzara o álcool. No pé, também duas gotas. Eram vermelhas. Explodidas de sol e brilho, mas eram morte. Repara bem embaixo, no canto inferior direito, o canto da boca, o delineio do lábio de cima. A mãe disse que eu fosse fechar a porta e ficasse botando sentido lá longe, que ninguém chegasse nem falasse alto que o compadre... 

Sabe-se que uma voz de agoiro pode matar. Eram de cobra, os dois buracos no pé. Seria de justo nepotismo colocar os olhos da mãe aqui. Brilhavam, sim. Cheios, plenos, explodidos. Da cobra? Os dela? E por que não?! Ninguém disse nada. Na barriga do negro, compadre Totonho, a primeira dose do polivalente do Butantã. Atalhei os chegantes. Disse-lhes que havia um "ofendido". Isto basta, sabemos que sim, por lá. Um leve desmaio nos olhos brancos. Mais outra dose, com muita calma. Repara agora na penumbra da face, nessa viagem magistral entre rosto e costas... 

Lá, bem no canto do olho — despreza a pupila se puderes —, mas vê, para trás, viajando em mão de seguir, há luz de sombras. Minha mãe falava num choque. Destes de quando vemos...? Vemos o quê, meu Deus?! Não! Ela falava do momento de dosar os soros... Anafilá... 

E eram os olhos do finado. Rodantes. O brilho linear do aparelho dizia que era zero o cérebro, mas os olhos clamavam. E o cheio do lábio, em cantos vivos — desce, leitor, agora, do olho à boca. Vê, bem dentro, entre lábio e lábio. Falariam? A placidez daquela tábua de mel faz contorno, agora, no pousio da boca. Só quem sabe como é, é quem perdeu. O amigo. Juracy. O negro escapou. 

Contava para quem quisesse ouvir que quando puxara a enxada com o rolo de mato, ela, de quase dois metros veio junto. Saltara-lhe os olhos de bote e boca. Abaixo de Deus, a comadre!, ele dizia e se benzia. Então, os alfenins a caminho, mas carreguei antes as mãos de puxa. 

O suficiente para não queimar. Entre um puxão e outro, por entre os dedos, por entre as mãos, da porta da cozinha, era uma casa alta, o paredão da serra. Ali, nem ver de menos, o sol desabava para o outro lado. Meia banda de sol. O suficiente para faiscar os brilhos dos olhos dEla, muito jovem. Este eu, uns poucos meses mais, à beira do rio. Um rio seco. 

Igual a Soledade, de José Américo de Almeida, aportara por lá, filha de Fausto. Esquece os olhos. Que seja cega, pois. Vê o volume em noites sobre a testa. Repara como se trançam, eles. Os de junto da testa ali ganham reflexo! Um dia  falaremos disto. Pobreza de pobre, absoluta, era Valéria, filha de Fausto. 

Os panos eram nus. Não que estivesse nua. Não. Doutra vez foi o braço de Jorge. Acho que duma espingarda, como no pé, do Menino — Uma tragédia no mar, Navio. Saberia eu, sozinho, controlar tanto sangue? Havia um serrote. Álcool e uma lâmina de fogo. 

Desiste dos olhos, por favor. Vê este contorno agora. Repara como tangencia ao alto a linha da direita, face, sobre um contorno em negro que também ascende. Nos escuros do pano. E nada mais que aplacasse a dor. Rét-rét-rét e todo o osso. Explodia-se a dor nos olhos de Jorge em desprezo do braço de puro espanto, podre. 

E toda a dor do mundo, presumo. Cortado. E, mais uma vez eram os olhos da mãe. Então Jorge cotoqueava aquele toco e dizia que, abaixo de Deus, a comadre. E se benzia. Desiste dela em carne-e-osso e olhos! Porque já eram os jacintos boiantes no rio cheio quando se encheu de ausências. 

Ajunta-te aos panos. Às dobras, às cores, aos leves e aos ensaios de esconder. O justo olhar por sob. Hóspedes da oiticica do rio. Não, não!, não sei. Depois daqueles olhos, era a retirante do rio seco, Valéria, filha de Fausto, "aceito", sem entender, todas as violências da reprodução. O que o tempo quer de mim?! Uma vida?

 

Fortaleza, noite alta, 30.04.2002

* A Menina Afegã, foto de Steve McCurry

 in National Geographic

Escreva para o editor

E-mail de Soares Feitosa

[Montagem da página e recortes da foto,  

in FrontPage, by Soares Feitosa]

 

 

 

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Dênio Magno Cunha

 

From: dmagno
Sent: Wednesday, May 15, 2002 9:39 PM
A menina afegã, de Steve McCurrySubject: Re: Um ensaio sobre a menina afegã (4).htm
 
Soares, obrigado pela atenção.
Sobre o ensaio, não resisti e comprei a revista. Lembro-me quando vi pela primeira vez esta foto e a impressão que ela me causou. A ponte histórica foi fantástica.
 
Atenciosamente,

Dênio Mágno da Cunha

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Vicente Franz Cecim

 

A menina afegã, de Steve McCurrySent: Friday, May 03, 2002 8:09 PM
Subject: Re: A menina afegã
 
Francisco, não consegui escrever uma linha sobre a Menina Afegã: aquela lâmina no olhar dela cortou minha língua para sempre.

 

 

 

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Ivo Barroso

 

From: Ivo Barroso
A menina afegã, de Steve McCurrySent: Tuesday, May 07, 2002 1:59 PM
Subject: Re: Um ensaio sobre a menina afegã.htm

Caro Feitosa,
seu texto é tão penetrante quanto os olhos dessa afegã dos quais a gente não consegue se afastar; leitura integral, corrente, aliciante.

Parabéns e abraços do
Ivo Barroso

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Ricardo Alfaya

 

Sent: Thursday, May 16, 2002 1:25 PM
Subject: Re: Um ensaio sobre a menina afegã

Prezado Soares,

Olhei, reolhei, li, reli, fiquei muito impressionado. Você pegou a menina afegã, tirou do cruel deserto de lá e trouxe para a cruel seca de cá. Sim, há um gosto de dor e de morte. De corte da fotografia, acompanhado por uma ação paralela de corte de filme que acaba resultando também em corte do  personagem em sua história. 

Você faz uma simbiose de narrativa com ensaio, em paralelo ao ensaio com história que há na foto. A foto conta uma história. E você conta uma história ao mesmo tempo contando a foto. A história é cortada, como a foto é cortada. São fragmentos, um jogo de calidoscópio. Um dos momentos mais impressionantes é quando você estabelece a comparação textual falando no fogo e a gente inclina a cabeça para o texto e sente uma espécie de brilho de fogo gélido, uma luz estranha que vem do olho da menina e atinge o canto do nosso olho, provocando uma sensação geral de estranheza, desencadeando uma certa indecisão.  

Afinal, ficamos no texto ou nos deixamos hipnotizar pelo olho de mar que nos espreita? Em resumo, mais do que uma simples leitura, diria que foi um contato, uma experiência. Uma experiência sensorial, afetando tanto a mente quanto o corpo.  

Ah, outro aspecto interessante é que você faz um movimento de câmera sobre a foto, subindo e descendo pelo rosto, transformando-o numa paisagem... árida, como árido é o deserto e o solo calcinado pela seca. Sina Severina, dessa afegã menina.

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João de Abreu Borges

Sent: Friday, May 03, 2002 5:31 PM
Subject: Re: A menina afegã
 
 
A menina afegã, de Steve McCurryFé afegã

Verde espanto

olhos de encanto
enquanto calo
diante do desgosto
a menina sem pranto
molha o rosto
no solo
 
Cabelo castanho
nariz torto e estranho
enquanto choro
diante de tanto homem
não é menor a terra
e tanta fome
sem ouro
 

Meu amigo Soares:

Desculpe a pretensão de tentar decodificar tanto susto e tanta fé simultâneas, neste pequeno retrato de uma criança.

Mas foi isso que tentei fazer. E queria a tua aprovação para divulgar todos juntos: a foto, o poema e a tua solidariedade (além, é claro do belo susto de uma alma ainda feminina...).

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Weydson Barros Leal

 

To: SF - Soares Feitosa, Jornal de Poesia

A menina afegã, de Steve McCurrySent: Sunday, May 05, 2002 = 11:16 PM

Subject: Um ensaio sobre a menina afegã

Caro poeta,

belo texto. O Rosa tem primo, irmão. Tem equivalente. Poeta. Também.

Abraço,

eu mesmo (de longa ausência), Weydson

PS. 

Esqueci de dizer. Seu texto sobre a menina, a cobra, a vida, é lindo. Declino sempre ante seus textos. Outro abraço, Weydson

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Gerana Damulakis

 

Sent: Wednesday, May 08, 2002 9:26 AM
Subject: Re: A Pungente Crônica do Retrato da Menina Afegã

Feitosa: todo autor de sensibilidade deixa-se seduzir por um retrato para dele criar um texto. O seu foi magnífico. 

Tenho vontade de fazer cópias para que Luísa, minha filha, lembra?, leve para a escola e possam ler em classe. Preciso da autorização do autor. 

Parabéns pelo sentimento e pela arte dele advinda. 

Você é incrível! Beijos de Gerana

 

Gerana (e leitores), tire(m) as cópias, sim! 

Um abraço bem grande para a menina Luísa. Ah, Gerana, você nem sabe o tanto de saudades do meu lado baiano, acho que o maior. Beijos do SF.

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Micheliny Verunschk 

 

Sent: Tuesday, May 07, 2002 7:49 PM
Subject: A Menina Afegã

Onde você aprendeu a escrever assim?
Beijos
Micheliny

 

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Marília Gonçalves

From: Nadia Mendes
A menina afegã, de Steve McCurrySent: Friday, May 03, 2002 2:47 PM
Subject: Re: A menina afegã

Viva e reviva!

Já que hoje é a segunda vez...

Que texto e que imagem me mandou, meu amigo, que chego ao fim de escrever sobre, e continuo com tudo por dizer, é desses trabalhos que me parecem não vão acabar nunca. Soares, você não descobriu outra Mona Lisa?

Que há no fundo tão no fundo que tudo o que disser fica à superfície e não se sabe como tratar o caso sempre vai o abraço a pedir desculpa se não consigo de todo chegar lá

Marilia Gonçalves

 

Menina

felino ferido

se for preciso ataca

com violência ou com mel

com beijos ou com palavras

mas não se rendem as armasA menina afegã, de Steve McCurry

que a menina tem na mão

um olhar de gato bravo

uma suspeita de medo

um olhar de amargo travo

nas dobras de que segredo

menina que de menina

não tem mais que a tenra idade

menina que nem ladina

menina

que nem saudade

menina, será menina

ódio amor raiva ou loucura

que esconde tua expressão

sem pontear a ternura

 

 

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Ruy Espinheira Filho

Sent: Friday, May 03, 2002 12:32 PM
Subject: Menina
 
Grande Feitosa:
Uma beleza, o texto. Mande-me sempre dessas coisas excelentes.
E no mais, quais as novidades?
Grande abraço do
Ruy.

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Manoel H. A. Sória

 

From: ManoelA menina afegã, de Steve McCurry
Sent: Saturday, May 04, 2002 1:56 PM
Subject: Re: A menina afegã

Caro Soares,

Hoje, recebi seu magnífico ensaio poético sobre a menina afegã, que saboreei, primeiro em largos bocados, porque sou impaciente, e depois com cautela, prazer e espírito crítico. Gostei muito. Gosto de imagens, todas: em tela, impressas, em idéias, em poesia, prosa, canto... principalmente as atávicas, que nos vieram por sentidos que não controlamos, lembranças que perfuram as camadas racionais e as cautelas do homem moderno.

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Oriana Almeida

Sent: Friday, May 03, 2002 1:48 AM
Subject: Afegã

Querido Soares, eu adorei esse seu ensaio. Li duas vezes. Adorei também esse estilo de ensaio que você faz. Acredite ou não, estou saindo para uma conferência de um dia sobe poesia em Oxford. Eu nunca pensei que aqui tivesse gente tão interessada assim no tema. Meu chefe de pesca não está entendendo porque eu não vou trabalhar para ir ver uma conferencia de poesia. Ficou achando graça. Abraços, Oriana

 

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Francisco Perna Filho

A menina afegã, de Steve McCurryFrom: Framper
Sent: Saturday, May 04, 2002 11:37 AM
Subject: Uma vida -ensaio poético

Caro Feitosa,
os olhos estendem os passos da alma: às vezes dilacerada pela luz incandescente da áspera solidão que nos abriga. Senti, no seu ensaio, os olhos do nosso tempo, um tempo de imagens e perplexidades.
Abraço
do amigo
Chico Perna
Goiânia, 04 de Abril de 2002.

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Antônio Carlos Secchin

Sent: Wednesday, May 08, 2002 6:47 AM
Subject: Re: Um ensaio sobre a menina afegã.htm

Parabéns pelo belo texto, pela originalidade da abordagem!
Abraço,
Secchin.
 

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Ana Behrens

A menina afegã, de Steve McCurryFrom: ana behrens
Sent: Wednesday, May 08, 2002 10:57 PM
Subject: Re: A menina afegã

Francisco,

"Nessa viagem magistral entre rosto e costas"

Não pude deixar de reler isso muitas vezes.

Ana

 

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Foed Castro Chamas

From: foed
Sent: Tuesday, May 14, 2002 5:36 AM
A menina afegã, de Steve McCurrySubject: A Menina afegã
 
Meu caro Soares Feitosa,
A foto de excelente cromatismo e o texto sobre a menina afegã são primorosos. Li há algum tempo sua entrevista com Carlos Emílio na revista Raia. Seu sonho é tornar cósmica, universal a Poesia. Um grande sonho de Poeta. Sinceramente grato por textos meus no Jornal de Poesia. 

Um abraço, Foed.

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Barone

A menina afegã, de Steve McCurrySent: Friday, May 03, 2002 8:42 AM
Subject: A menina afegã

Parabéns, Soares, beleza de peça, típica de quem tem sensibilidade para o mundo e habilidade com a escrita.

Quando quiser publicar algo no Palanque, avise: "Pode publicar, Barone!" Vou mandar uns "algos" meus para ver se você se interessa.

Um abraço, 

Barone

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Pedro Lyra

From: Pedro Lyra
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 9:53 AM
Subject: Re: A menina afegã

Muito bem, Feitosa. Eu já tinha visto essa foto, acho que numa tevê, e também não fiquei indifrerente. Que olhos! E que olhar! Parece que a própria "musa" se viu um dia, numa capa de revista. Sabe de que me lembrei na hora? Daquela menininha nua fugindo das bombas americanas no Vietnã, lembra? Ela também, que hoje vive nos EUA, um dia viu aquela foto. Que emoção terá provado, hein?

Mas o que está havendo com o seu jornal? Não estava acessando.Da última vez, só consegui através do Google. Um dia gostaria de botar umas coisas lá no meu cantinho. E que está vivo, ah isso tá!

Abração

Pedro Lyra

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Alexandre Forte

 

To: mailto:jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 1:23 PM
Subject: Comentário de Alexandre Forte

SF.: Esta a minha impressão da menina afegã:

Sim. Os olhos são os da cobra. E da suçuarana. Porque sou a retirante da seca de todos os Sete, do Setenta e Sete, onde morreram setecentos e setenta e sete mil. Neles, olhos de cobra e suçuarana, também espelham-se as águas de todas as torrentes. A enchente do 11, que fogo e clamor! sob as imprecações de Conselheiro, procurado nos sete cantos da Arábia e no Raso da Catarina, de onde vim – porque também a guerreira que marchou vasto sertão!

Sim. Que não poderia deixar de ser a cobra-mãe que devora os filhotes. Eros e Tánatos. Mas, sobretudo, a esperança!

“Porque entre pulso e olhar, latejam os ferros da vontade"1. E entre lábio e lábioA menina afegã, de Steve McCurry o que sugere uma vida: sorrir.

Eis que mimetizo-me. Porque a dor em mim, da humana verve. E a flor que sou: bote e veneno. Porque flor e dor rimam com meu retrato no espelho do mundo babelizado.

Mas, sob o turbante, a menina – sonho de liberta...

“Não se pode, mas se quer.” Daí a hipnose que meu olhar não cala.

Foi um dia de sol em Canudos e outro de sombra em Kandahar. Eu. Retirante. Severina. Porque havia de...


1 - in Salomão, Os negros, de Soares Feitosa

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José Félix

From: Félix
To: jornaldepoesia@hotmail.com
A menina afegã, de Steve McCurrySent: Sunday, February 03, 2002 5:14 AM
Subject: Re: A menina afegã

Um belo ensaio, caro Soares Feitosa.

Um outro olhar sobre o tempo, antes do tempo, depois do tempo.

O interseccionismo temporal  que busca no meio em que vive «o mesmo olhar».

Um abraço

José Félix

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Simone Ostrowski

To: jornaldepoesia@hotmail.com
A menina afegã, de Steve McCurrySent: Friday, May 03, 2002 4:35 AM
Subject: Adorei!

      Caro Soares Feitosa, adorei seu texto sobre a menina afegã, o texto em si e o uso das imagens. Tenho os poemas que vc me mandou bem guardados, e isso me faz lembrar que, na correria, ainda não te mandei meu novo livro de presente! Mande seu endereço que logo te envio. 

Beijo, Simone.

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Ronaldo Castro

 

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 8:05 AM
Subject: Re: A menina afegã

Nossa, que bonito! 

A narração em suspensão contínua vai nos levando para um texto que não se completa e assim se faz até agora.Obrigado. 

Ronaldo

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Edson Alves Damasceno

 

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 9:57 PM
Subject: a menina afegã

Caro poeta, recebi a menina afegã. Lindo, lindo, lindo. Incrível, incrível, incrível.

Pergunto-me como e de onde o Coronel consegue tirar tudo isso. É uma coisa deA menina afegã, de Steve McCurry Deus. O Émerson disse que você é um iluminado. É isso, Coronel, o sr. é um iluminado. Pra mim, o Coronel é o maior poeta vivo do Brasil, não tem pra ninguém. 

É uma pena que eu não tenha condições de lançá-lo no Brasil, no exterior, França, digo, Paris, Londres, Nova Iorque, Bahia. Como gostaria de poder apresentar ao mundo o grande poeta que é Soares Feitosa. 

Caro amigo, às vezes me pergunto por que tenho o privilégio de conviver e desfrutar da companhia e do bom papo de pessoa tão capaz, fenomenal, grande artista, e tanto quanto genial é sobretudo, simples. 

É isso aí amigo. Rezo para que, em breve, o mundo possa ter o prazer de conhecer o grande poeta Soares Feitosa. Um abraço do fã, amigo e admirador número 1.

Edson

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Helena Armond

From: helena
To: jornaldepoesia@hotmail.com
A menina afegã, de Steve McCurrySent: Friday, May 03, 2002 1:58 AM
Subject: <<<>>><<<>>><<<>>><<<>>><<<>>><<<>>>

só ares

da academia à vanguarda
nos claros-escuros
dessa-fala-de-terra-roxa-de-angústias
desses urrares-vermelhos-puros
entre verdes complementares...
 
em lamentares  os poderes  d´olhos
em leituras de quem sabe ler
e vai ao metabolismo    
nesse devolver
o que o tempo devora
quase sem querer

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Eduardo Diatahy

 

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Friday, May 03, 2002 1:44 AM
Subject: Re: A menina afegã

Don Francisco, meu caro amigo:

Que página de impressionante poética! Que dores aludidas no mergulho das memórias!

Não sei por que evocações ou associações, lembrou-me a Balada da Moça do Miramar, do Vinícius.

Um abraço imenso de admiração,

Eduardo Diatahy B. de Menezes

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Cláudio Willer

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Saturday, May 04, 2002 10:32 AM
Subject: Re: A menina afegã e este abraço
 
Que boa prosa poética. Repito, és cronista de mão cheia. E com uma ótima capacidade de registrar aquilo que costumo chamar de Brasil Propriamente Dito.
Abraços, Claudio Willer, cjwiller@uol.com.br

 

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Rafael Montandon

To: jornaldepoesia@hotmail.com
A menina afegã, de Steve McCurrySent: Sunday, May 05, 2002 1:26 AM
Subject: Re:A menina afegã

Caro Feitosa,

Você está começando a pegar gosto por esta estória de escrever sobre imagens, não é mesmo? Meu preferido, até agora, foi o texto sobre o "Fui eu!", mas este da menina afegã também ficou muito bom. Você é o memorialista por excelência e sem concessões. Qualquer mínimo estímulo, mesmo que completamente alheio, desencadeia o fluxo das reminiscências e te transporta para o universo mítico da tua infância. Mas o interessante é que as imagens não são meros pretextos para este transporte.

Você transita com muita habilidade e sem qualquer artificialismo entre os elementos plásticos dos quadros (ou foto) e os flashes da mitologia particular, e as duas coisas terminam por se interpenetrar e se tornar uma só. É um jogo fascinante. Você poderia publicar um livro inteiro só com escritos deste tipo. 

Esta menina não deixa mesmo ninguém impune. Tão telúrica e ao mesmo tempo tão supra-terrena. Você devia dar crédito ao fotógrafo, que é um gênio, no texto. Se o crédito já estiver lá e tiver fugido à minha atenção, desculpe. Mande notícias sobre o Salomão!
                                          Com um abraço,
     
                                                            Rafael.

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Maria Helena Nery Garcez

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 8:49 PM
Subject: A menina afegã
A menina afegã, de Steve McCurryMeu caro Soares Feitosa,

Seu texto me tocou muito, demais. Essa menina é algo de extraordinário, de único, de intenso, de total.

Não sei se  viu  outro dia, nos jornais, uma foto dessa menina já mulher feita, mãe de filhos. Ainda é bela mas já não é mais esse milagre de perfeição e de força, de beleza e de intensidade total. Ela foi colhida no instante preciso. No instante certo. Medo? Horror? Algo de felino, de sofridíssimo, de assustado e de inexcedivelmente belo. Aliás, os rostos das crianças afegãs, em jornais, revistas e nos noticiários da TV, eram todos muito belos. Mas nenhum nunca como o dessa menina selvagemente aterrorizada e bela a mais não poder.Que verde tão verde ali tinha o verde daquele olhar...

Seu texto é intenso, é dorido, é belíssimo. E o rosto e seus recortes a acompanhar o ritmo  da composição.

                                        Maria Helena Nery Garcez

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Fred Souza Castro

 

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 1:18 AM
Subject: Medianet

A menina afegã, de Steve McCurry
Caro Feitosa:

muito bonito seu trabalho sobre a afegã da capa da Geographic. Você importou aquele rosto para um cenário de memória muito tocante e significativo. 

Costurou com mão de mestre cada pequeno traço da pele, cada nuance do olho, cada palavra que pode(ria) escapar daqueles lábios. Você é um poeta arretado, meu bom.

fred

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José Lira

A menina afegã, de Steve McCurryFrom: Jose Lira
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 10:08 AM
Subject: Outras alterações

Caro SF,

Puxa! E você disse que não tinha vírus. Mas tem o vírus da poesia, esse texto, que é tal o anafilá, deixa a memória completamente randomizada. Pega de jeito e mega e bite, bite, bite.

Repito minhas cantigas repentísticas porque houve uma correção de última hora no poema do Padim Ciço.

E repito o que disse da outra vez, que não ia falar de projetos, que projetos de aposentado são pensamentos idos e vividos.

Mas permanecer no JP, eis aí um projeto.

Um forte abraço

José Lira, Projetista

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Geraldo Peres Generoso

To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Sunday, May 05, 2002 1:51 AM
Subject: Re: A menina afegã

Caro Soares,

Excelente o trabalho sobre a Menina Afegã. Parabéns.Li e hei de reler várias vezes. 

Gostei também muito do poeta Antonio Gonçalves da Silva, com o poema O VAQUEIRO, que tirei algumas cópias para apreciação do pessoal que gosta de poesia. Todos babaram ao ver a competência desse grande vate.

Gostaríamos de saber mais sobre ele. Um abraço, 

Geraldo Peres Generoso.

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Lilian Maial

 

From: LilianA menina afegã, de Steve McCurry
To: jornaldepoesia@hotmail.com
Sent: Tuesday, May 14, 2002 8:37 AM
Subject: Menina Afegã
 
Bom dia, Feitosa!

Escrevo a fim de parabenizar-te pelo belíssimo trabalho. A mente do escritor viaja mais que a história, e sua palavra pode ferir ou amenizar a dor da indiferença.
Adorei.
Um abraço carinhoso,
Lílian Maial

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Mavisante

 

Sent: Friday, May 03, 2002 12:42 PM
Subject:
 

Caríssimo, 

Quanta coisa terão visto esses olhos...

Gracias pela lembrança e pelo texto deslumbrante.

 

 

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Jorge Ribeiro

 

From: Olho d`Água
Sent: Friday, May 03, 2002 11:02 AM
Subject: Re: A menina afegã
 

Soares,

Você é um craque! Um cracasso!

Quer participar de uma antologia da Editora Olho d'Água?

Jorge Ribeiro

 

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José Carlos Teodorovicz

 

Sent: Friday, May 03, 2002 11:55 AM
Subject: Re: A menina afegã
 

Olá Soares Feitosa,

Obrigado e parabéns pelo excelente trabalho!

José Carlos

 

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Ana Peluso

 

From: Ana Peluso

Sent: Saturday, May 04, 2002 2:09 PM

Subject: o que queremos nós com o tempo?

 

Amigo SF,

O texto como sempre adensa floresta sanguínea e faz umAna Peluso bum-bum no peito, daqueles, dos diabos.

Tu brincas com as palavras e cria clima de história na narrativa que poderia ser simples e torna-se um amontoado de questões que é pra colocar a cachola do povo pra funcionar. É por isso que te recomendo como medicamento contra insanidade da alma, contra avareza da calma, contra todo e qualquer mal...

"Anafilá..."

Sim, tomemos o soro da vida, feito em poesia, em prosa poética, na veia que ainda (res)sente algum movimento de vida.

Tomemos Feitosa em doses homeopáticas e cartáticas.

E, penso, estaremos permitindo o pensamento quebrar a ordem do tempo, porque tu vens do futuro, ó profeta!

E sabes que te gosto demais!

Desta amiga que anda aperreada com os problemas que o tempo (Anafilá... tens pra mim, pois?) cria, mas crê ainda em alguma via: saída para encontro com semelhantes...

[...]

Mas te pergunto eu: o que queremos nós com o tempo, meu amigo?

Passa ele sem risco de volta. É mais decidido do que se espera.

Se deixamos bolinhos no forno e nos esquecemos, ele impiedoso queima-nos os comes e resta-nos os bebes e mesmo assim, olha lá, porque podem virar pedras de gele os bebes no refrigerador.

 Sim, uma grande lástima ver a linda menina afegã transformar-se na amarga mulher afegã. Talvez nem tão amarga quanto uma mulher ocidental que briga com o mundo, se necessário por um punhado de direitos. Mas antes resignada mulher afegã que mal sabia de sua fama correndo o mundo na cor de olhos tão lindos, mas tão lindos que não me lembro de ter visto outros iguais.

[...] 

Lembro-me apenas que eu subia (eu Ana também, eu subindo também) a ladeira que me levava da escola para casa, quando parei na banca  (meu reduto literário, então, já que o pai me abriu uma conta na banca que vendia livros também) e dei com meus olhos nos dela, na capa da NG. Fitei aqueles olhos enigmáticos por horas (eu passava horas no reduto) encantada com sua cor e por conseqüência, beleza extraordinária.

 Aqueles olhos mexeram comigo. Não conseguia parar de pensar neles e em sua beleza, e na minha meninice me perguntava porque não tinha olhos iguais...

 "Como somos tolos, quando novos somos..."

Sei de mim, que passei horas fitando o olhar da menina, sem sabê-la afegã, sem saber de muita coisa que a ditadura não deixava às claras, mas já entreabria à olhares menos portáteis.

Hoje olho para o olhar da mulher. É o mesmo, sem dúvida. Mas não é ao mesmo tempo. Algo se quebrou, se rompeu em meio ao tempo. Mas a culpa não é do tempo e sim dos tratos, no caso maus.

Pergunto-me se grandes indústrias da beleza a pegassem na época, estaria ela menos amarga e/ou triste, entregue?

Estaria apenas e tão somente mais bem aparatada, porque o tempo passa e deixa marcas, quer queiramos ou não. E elas não se apagam. Permanecem. Estancam-nos os sonhos, abrem espaço para outras e o ciclo segue obediente.

Mas resta a cor e isso tempo algum apaga. Talvez uma das quimeras mais viventes em nós: cor.

O som... As letras... O pensamento se vai com ele, mas também marca o tempo dos pensadores.

O tempo é algo resoluto e chato! Sim, chato. Acaba com nosso pensamento no momento marcado para o telefone tocar. Tempo invasor de almas sonhadoras e rastreadoras de soluções...

Ana Peluso

 

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José Paulo di Cavalcani

 

Sent: Friday, May 03, 2002 10:04 AM
Subject: Re: A menina afegã
 

Valeu, meu amigo.

Grande abraço,

di

 

 

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Maria Teresa Lima

 

From: Teresa
Sent: Monday, May 06, 2002 12:28 PM
Subject: gostei demais de seu artigo
 

Olá Soares,

Como vai, tudo bem?

Li A Menina Afegã, gostei demais, não sabia que você também é escritor e escreve muito bem. Foi uma grata surpresa para mim.

Interessante como a cor dos olhos dessa menina da foto, assemelham-se aos meus, verde escuro e em volta da menina dos olhos, amarelo-alaranjado.

Quando for possível mande-me mais artigos, poesias ou o que você puder, te agradeço desde já.

Gostaria de saber como funciona o Jornal da Poesia, se é impresso,  tem assinaturas ou só funciona na net. Enfim, tudo o que você puder me informar eu agradeço.

Maria Teresa Lima

 

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Maria Aparecida Marcondes Costa

 

Sent: Friday, May 03, 2002 5:13 AM
Subject: jornal poesia
 

Recebi sua história da menina afegã e outras e gostei muito. Pode mandar mais!

Aguardo resposta

Maria Aparecida Marcondes Costa

 

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Roberto Pires

 

From: RPires
Sent: Friday, May 03, 2002 10:12 AM
Subject: Re: A menina afegã
 

Que lindo bom, Soares! Rivalizando com os olho da Moçoila... Mirando minha alma como o fez a moçoila da Foto! Cruz Credo!Roberto Pires estou filosofando outra vez...

Você faz isto quando escreve... Cria Salo, faz nascer Academia à distancia... e a matutada toda acompanha! É como  um maestro regendo a orquestra dentro da alma! Fazendo cócegas no cérebro, excitando, bulindo mexendo com a gente! Bendito aquele que mexe com a alma da gente! A Academia faz seu primeiro aninho no dia 31 de maio próximo! Vai ter bolo, sarau,surpresas, homenagem e inauguração de sede nova construída para este fim, lá pelo início do século, pelos engenheiros do trem...

Vou imprimir o diploma de Mérito Cultural (Salomão o responsável!)  e guardar com carinho, igual foi feito com a casa dos Engenheiro que esperou calmamente para cumprir seu destino... Pergunte a Salo! Ele sabe...

Um carinho e a admiração crescente para ambos.

RPires

 

 

Nota do Editor:

Roberto Pires foi webmaster de "O Literário", um site de literatura, para o Mundo, a partir de lá dentro das brenhas nordestinas, Camocim, Ceará. De um certo modo, o editor se sente "responsável" pelo despertar literário de Roberto: a leitura conjunta do poema Salomão, ou Salo, assim o chamamos em carinho... ele diz que foi. O editor acredita. 

O trabalho de RP naquela região está a merecer um reconhecimento dos educadores e imitação para o resto do mundo: a revelação dos valores locais, a poesia na escola, um clima de cultura que jamais se viu. Até uma Academia de Letras ele fundou!

 

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Irinete Alves

 

Sent: Friday, May 03, 2002 7:51 PM
Subject: (nenhum assunto)

 

Soares

Amei a matéria que me mandou.

Espero mais novidades. Ansiosamente

Irinete

 

 

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Rita Brennad

 

Sent: Wednesday, May 01, 2002 2:52 PM
Subject: De um gole só

 

Bebi de um gole só. Escutei seu grito. Penetrei naquele olhar.Rita Brennand Meu Deus! Porque não fugiu de lá em tempo?Talvez o alfenim, que me dava Maria José, no colégio... derretia na boca.Teria sido das mãos dela, a que teria fugido em tempo... 

E a vida, como também a minha que descia de ladeira abaixo, deslizava nas barcas, que caiam das palmeiras, e nós duas inventávamos nossas vidas. Ela me colocava véus coloridos, feitos de arco-íris, e eu coroava sua cabeça com sargaços e brisa. 

Francisco, sempre esses olhares! Repare que esses olhos falam de uma dor prenunciada, acusadores, em cada luz ou sombra o futuro. A rapadura dourada, as abelhas louras, o melado escorrendo dos tachos. Ontem no outro lado do mundo... OLHOS... repare... depois de tanto tempo... na outra foto... o olhar quase adormeceu a dor.

Reparei, reparei, percebi, Francisco, você com seu olhar de lince, me devolveu as imagens que o meu olhar de mulher já tinha detectado. Francisco, quem vai defender?

Volto a falar desse olhar, desse claro-escuro que é uma boca cerrada. Olhos iluminados de puro fogo.Também fiquei sem fôlego, mas ao mesmo tempo me segurei na sua vertiginosa poesia. Francisco, você me faz doer de alegria. Vou mastigar suas palavras, suas entradas extemporâneas, veneno de cobra. Que são como de cobras, venenosas, os olhos; repare, o bote.

                                                                            Meu beijo, Rita


Sent: Friday, May 03, 2002 11:44 AM
Subject: a menina afegã

 

Francisco, tomei um susto! Você nem me deixou respirar. Rita Brennand ... comentário... nem estou preparada para desmaiar de alegria.Em outro email, transe. É... tento pintar com você esse olhar e essa expressão da boca.

Busco fazer ecoar esse grito. A pororoca veio chegando e arrastando tudo o que estivesse em seu caminho. Encontro feroz de águas. Desencontro feroz de homens. Renovação da natureza? O caos por si só se organiza... Francisco, luzes e sombras. Você é um pintor,ao me fazer entrar nos escuros... percebi a virgindade daquela boca, a menina... Um único olho, insistentemente repetido, mil olhos,v i , da humanidade, que somos. Ainda preciso me acostumar. O seu pique, nem bem.... você já!

                                                                  Meu beijo, Rita     

 


Sent: Friday, May 03, 2002 7:24 PM
Subject: dia feliz

 

Francisco, assim que você me passou o site da menina afegã, abri sem medo,mas fiquei um bom tempo, enfeitiçada, viajando com você. De vez em quando, numa pincelada de claro-escuro — o olho. Somente depois é que, como sempre, vou aos comentários e fiquei, como diz o matuto — abestada. Você quer me matar? 

Francisco, o mais incrível, o comentário sobre a máscara do Valdir, também estava na página, junto com outros de tamanha categoria. Se demorei a lhe dar um retorno, nem sei lhe afirmar, acho que o tempo passou e nem me dei conta .Isso acontece diante do inesperado.

Ontem dei uma espiada na página do JP e fui dormir depois das 2h, fico hipnotizada,é o termo certo.Me encontro tão descaradamente impregnada dessa terra, os trejeitos de falar, me vejo cruzando com você, sem saber que só meio século —- de Ésquilo? Francisco saiba que estou atenta o tempo todo, tenho em você o meu ponto de referência. 

O JP é uma viagem, é um mapa, muito mais do que Múndi. É uma cartografia de intensidades, de afetos, de sonhos.

                                                   meu beijo carinhoso Rita.


Sent: Sunday, May 05, 2002 2:57 PM
Subject: os olhos, mãos afegãs, índio-Brasil... amor

Francisco, está aqui, Sharbat Gula. Os OLHOS são dardos prontos, engatilhados, agora acusadores? Mais do que isso, cristal desafiando o tempo. Repare as mãos, o gesto. Vejo como um fruto arrancado antes do tempo  Ainda traz a terra nas unhas. faíscam os olhos. O rosto, a luz, o Sol... dia e noite... olhos, os olhos, só os olhos... grite, grite por ela, Francisco. Não nos deixe sem a defesa... 

Da outra raça a mistura nossa, repare o mesmo gesto, as mãos...as unhas enfeitadas de terra-Brasil; repare a burka feita da palha, só que verde... verde pendão da...desesperança. O olhar de mormaço, varou o tempo. 

A boca, a força do mesmo silêncio iluminado por gotículas, é da pele que ele chora a morte da raça. Francisco nada li das reportagens para não escutar. Não, não quero escutar, quero ficar atenta apenas a sua poderosa poesia, que espero. Sempre vou esperar. Estou ainda zonza. Agora mesmo fiz um gesto, com minhas mãos, quase sem perceber que estava escondendo meu rosto, abaixei a cabeça, e lá no fundo do coração, choro por nós. Francisco, onde? onde? onde? o amor? 

                                                     meu beijo no coração. Rita

 

 

 

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Izacyl Guimarães Ferreira

From: Guimarães A menina afegã, de Steve McCurry
Sent: Friday, May 03, 2002 8:37 AM
Subject: menina afegã
 

Beleza pura,seu moço. Aliás, essa foto já entrou para a história. Mona Lisa do último mundo.

Abraços, 

Izacyl Guimarães

 

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Rosa Lucas

From: rosa lucas
Sent: Thursday, May 09, 2002 8:12 PM
Subject: A menina afegã

 

Amigo, belo e triste, cheio de fantasias e verdades, este trecho que você me mandou. Vou relê-lo com mais calma, que hoje estamos aqui em plena revolução: minha primeira neta, Anneliese, se casa amanhã com Guido, um jovem alemão, e estamos bem centrados em uma Torre de Babel, fala-se alemão, francês, espanhol, inglês, italiano e o nosso brasilguês. Alguns se entendem, outros flutuam e esperam a mímica.

Uma coisa é certa, o trecho é lindo, e a foto também é linda, como linda é a sua atenção em mo mandar.

Beijos da Rosa.

 

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José Almino de Alencar

From: Jose Almino A menina afegã, de Steve McCurry
Sent: Friday, May 03, 2002 10:04 AM
Subject: Re: A menina afegã

 

Meu caro Feitosa,

Gostei bastante. Continue mandando notícias.

Um abraço,

José Almino

 

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Marco Polo Guimarães

Sent: Wednesday, May 08, 2002 2:56 PM
Subject: A menina afegã

 

Caro Feitosa:

Você recria a imagem nas palavras e a amplia num movimento ondulante. Recentemente foi publicada uma foto daquela menina na atualidade, enfeada pela vida áspera daqueles desertos e montanhas afegãos. Mas nesta foto antiga e no seu texto ela vai permanecer intocada, perfeita em sua bela intensidade.

Parabéns.

Marco Polo

 

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Ari Pedro Balieiro Jr

Sent: Friday, May 03, 2002 8:00 AM
Subject: Re: A menina afegã

 

Soares (Chico dos bons!)

que lindo!

abraços

aripedro

 

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Aroldo Ferreira Leão

Sent: Thursday, May 09, 2002 5:27 PM

Subject: MENINA AFEGÃ

 

Soares, o texto é belíssimo e após lê-lo abriram-se novas fendas de sensibilidade em minha alma. Valeu!!

Segue uma poema para a menina afegã.


OLHOS VERDES

Teus olhos verdes, menina afegã,
Muito me lembram a manhã
A menina afegã, de Steve McCurry
De minha dor vã,
Sem amanhã
Nem depois. És um ímã

Assustado
Nos atraindo para o teu lado,
Um tormento alado
Caminhando, desgastado,
Por entre o hálito do que é sagrado.

Te vejo e te sinto
Linda, labirinto

Me recortando em silêncios
De pedaços vazios.


             Aroldo Ferreira Leão
             Petrolina/PE, 10/05/2002

 

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Max Moreira

From: max_moreira A menina afegã, de Steve McCurry
Sent: Thursday, May 02, 2002 8:53 AM
Subject: Re:A menina afegã

 

Amigo Soares,

O bicho da poesia te tocou na madrugada do dia 30, né?

Abraços

Max

 

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Maria de Lourdes Horta

Sent: Saturday, May 11, 2002 7:43 AM
Subject: menina afegã
 

 

Caro Soares Feitosa:

Muito grata pelo envio do interessante ensaio fotográfico eMaria de Lourdes Hortasficcional " menina afegã".

O texto, sobretudo, é um exemplo do que a criatividade literária pode fazer, a partir da  imagem de uma menina de olhos assustados e assustadores.

Fraterno abraço e admiração da 

Maria de Lourdes Hortas.

 

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Carla Aka

From: Carla Aka A menina afegã, de Steve McCurry
Sent: Saturday, May 04, 2002 12:30 AM
Subject: Re: A menina afegã
 

Muito bom!

Abraços,

Carla

 

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Eurivo Ribeiro da Cruz

Sent: Monday, May 30, 2005 4:31 PM
Subject: O que o tempo há de querer?

 

O que o tempo há de querer?                 
          

Caro Feitosa,

O texto forte como a gente do nordeste, de lâmina afiada e contundente que fere a alma a fundo e dilacera as entranhas. Nada resiste às enchentes de imagens e palavras.

O abraço do

Eurivo

 

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Erorci Santana

A menina afegã, de Steve McCurrySent: Wednesday, May 08, 2002 1:53 AM
Subject: Olhos navalhantes e palarvas insidiosas

 

Feitosa, caríssimo,

É tudo muito denso e abissal, os olhos como navalha e cintilância e a palavra como lâmina e serpente, com muitos refolhos, coalescências, sinuosidades: um cinema, como é de seu feitio, muito lindro.

Anota aí: duas odes deste teu amigo na próxima revista Cult, se aí houver e chegar. Conte aos amigos, sem o que não haverá a menor graça.

 Archiabraço amigo do
Erorci Santana

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Maurício Matos

Sent: Monday, May 26, 2003 2:08 AM
Subject: O que o tempo há de querer?

Caro Soares Feitosa,
 
Pôr em palavras os olhos e, através deles, o brilho do olhar desta afegã, o canto A menina afegã, de Steve McCurrydesenhado de sua boca, como o de quem está para, através dos lábios, dar ao mundo o canto de seu olhar, é coisa para Soares Feitosa. 
 
Para além disso, o que o tempo haveria de querer? Parece-me que é a vida o que está nestes cantos... escrita.
 
Obrigado,
Mauricio Matos.

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Leontino Filho

Sent: Friday, May 17, 2002 6:41 PM
Subject: A BELEZA DE UM TEXTO

Estimado amigo

Soares Feitosa,

Antes de mais nada, espero que tudo esteja bem com você e toda a sua família. Que bom receber notícias suas. Eu ainda por estas bandas, com vontade de voltar, ficar no meu cantinho quieto, vendo as coisas, não me conformando com o que se passa ao redor e escrevendo os meus poemas. Tão logo eu conclua este curso, já jurei para mim mesmo, vou arrumar um canto para morar e neste canto demorar um longo período. Bem, mas vamos ao que interessa, O QUE O TEMPO  HÁ DE QUERER? Que texto primoroso! Quantas lições de vida você soube captar desse profundo, melancólico, angustiado e in-conformado olhar da menina afegã.

Tantas coisas o tempo nos cobra e muitas vezes não nos oferece nada em troca, a nãoA menina afegã, de Steve McCurry ser a sua tresloucada passagem pelas nossas retinas. Quantas vezes o tempo trai a nossa confiança como traiu escandalosamente o olhar de verde-seca dessa envelhecida menina. Mas o tempo olha dentro do nosso olho e prescruta a nossa alma silenciosa. Ele vai sorrateiramente nos levando a doce esperança, mesmo assim, lá longe, conseguimos acertar os ponteiros das estações, e por isso, sabemos que ainda resta um alento, e tal alento vem sob o manto verde de um olho que nos desarma e que nos coloca de novo em sintonia com a própria vida. Esse olhar pode muito bem ser, e, certamente,  é, o dessa garota que insiste em desafiar a misteriosa armadilha dos anos. 

Você, como exímio poeta, olhou profundamente a menina, como se convivesse com ela há muitos e muitos anos, e desnudou o espírito solitário de alguém, que na batalha da existência, só requereu a partilha de carinho e de afeto que lhe coube/cabe no incomensurável latifúndio da ganância. Por isso, podemos afirmar, sem medo de errar: um poeta olha diferente porque sente diferente, a prova está neste seu precioso texto. 

Muito grato pela oportunidade de ler este seu belo trabalho e parabéns.

Sempre que puder, escreva-me. Receba o abraço fraterno e afetuoso, do amigo e admirador

Leontino Filho

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João Filho

From: cabezzadi
Sent: Friday, May 03, 2002 12:45 AM
Subject: Re:A menina afegãA menina afegã, de Steve McCurry

Estava agora mesmo lendo lotes e mais lotes de poesia fescenina, grotesca. Glauco Mattoso foi uma leitura que tive que retornar com mais juízo. E então deparo-me com este menina afegã.  A foto é conhecida, tudo bem, mas como o Sr. consegue tirar tanta densidade, lirismo dos mais aguçados desta foto!!?? E o pior de tudo é que eu estava/estou inebriado com umas in-des-cobertas. Isto foi o que me levou a escrever este e-mail. Conseguiu mesmo abrir/criar uma parêntese neste meu lado fescenino. Dou a mão a palmatória.
Abraços,
João Filho 

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Hebe Lopes de Almeida

Sent: Monday, June 03, 2002 4:26 AM
Subject: Re: A menina afegã

Soares, venho parabenizá-lo pelo texto sobre a menina afegã; dá-me a impressão que suas imagens poéticas e aqueles olhos grandes da menina viajam lado a lado por lugares igualmente trágicos e fantásticos; a dor e o belo se entrelaçam em seu texto e buscam a foto da menina; a menina como que também escuta e compreende a sua historia… ambos permeando encontros.

Para mim, a face da menina vai declarando assim: Errar um ser em formação ou
secar as águas das fontes é um erro grande demais para ser pronunciado. Não
há palavras, só o espanto.
Hebe Lopes de Almeida.

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Márcia Theóphilo

A menina afegã, de Steve McCurrySent: Wednesday, June 12, 2002 7:15 PM
Subject: menina afegã
 

Caro  Soares Feitosa,

 

A fotografia da menina afegã que inspirou o seu belo conto, eu também a tenho guardada. O seu conto è feito de emoção, simbiose dramática, sensibilidade e invenção criativa. O seu olhar de homem se transfigura e se dilata nos olhos da menina afegã . É de dentro dessa luz do olhar que nasce o texto - teatro de experiências, vivencias. Eu sempre penso que a visão da imagem feminina vista por um homem è um reconhecimento do sentir feminino e através do seu texto nós fotografamos de novo essa imagem que nos causou tanta impressão.

Márcia Theóphilo

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Maria Aparecida Torneros

Sent: Friday, December 06, 2002 2:54 PM
Subject: As Meninas do afago na alma afegã

Feitosa, que olhar hein? mais que olhar, que afago de afegã assustada com a A menina afegã, de Steve McCurryvida, com o mundo injusto e com a incerteza de sobreviver na alma dos que a podem observar...

Menino, que lindo o seu texto... mais que lindo, que sentimento de profundidade na tal alma humana tão perdida na loucura da guerra...

Obrigada por ter me proporcionado esse instante de ser mais gente ainda.. através da imagem e da reflexão sobre o que você criou...

Beijo de afago no poeta que habita em seu instinto sensível de produzir a Paz, em plena sandice que é a luta armada pelo poder e pelo colonialismo...

Cida

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Geraldo Chacon

 

Sent: Friday, July 23, 2004 9:55 AM
Subject: belo trabalho

 

Soares, prazer em conhecê-lo, pelo que faz, e não é pouco. A menina afegã, de Steve McCurryParabéns pelo site, pelo dinamismo, pela audácia.

Li o texto Menina que veio não sei de onde* e fiquei perplexo, tonto. Vertigem que não me deixou largar o texto até o final, mas não posso afirmar que captei todas as possibilidades semânticas do texto, que parece exigir um leitor mais apto e esperto do que eu. Sinto nele um grande valor literário. Mais uma vez, parabéns!

Se lhe permitir o tempo peço a gentileza de visitar meu pobre e insosso site. www.editoraflamula.com.br Boa sorte em todas as suas atividades.

Geraldo Chacon

 

* Texto referido: A menina afegã

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João Batista da Silva

Via WhatsApp, 23/04/2023

João Batista Silva:


A menina afegã, de Steve McCurry

"Ofendido" x ofídio, o poeta e a garota afegã juntam-se para trazer vida.

"Só quem sabe como é, é quem perdeu".

"E, sobre a leve lâmina d'água, o mel fez-se véu e torrente."

Bendita tábua molhada, nobre poeta SF.

Abraço forte no 1* dia da semana, ressurreição.

João Batista Silva


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Juarez Leitão

Via WhatsApp, 24/04/2023

Juarez Leitão:


A menina afegã, de Steve McCurry

A menina afegã: prosa poética do melhor surrealismo ou, quem sabe, o realismo fantástico levado às alturas ou além de Garcia Marques e Pericles Prade.


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Rodrigo Rosas Fernandes

Via Facebook, 23/04/2023

Rodrigo Rosas Fernandes:


A menina afegã, de Steve McCurry

Soares Feitosa, não sei o que dizer sobre esse texto, lindíssimo! Que talento! Meus parabéns!


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