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Cláudio Feldman 

Leighton, Lord Frederick ((British, 1830-1896), Girl, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia :


Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Alguma notícia do autor:

 

Cláudio Feldman

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tiziano, Mulher ao espelho

 

Henry J. Hudson, Neaera Reading a Letter From Catallus

 

 

 

 

Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Cláudio Feldman



Pequena biografia


Cláudio Feldman nasceu em Bauru, interior paulista, em 1944 e mora em Santo André desde 1959. Foi ator, roteirista de cinema, artista plástico, diretor de teatro infantil e coproprietário da Editora Taturana. Além disso, já fez pequenas aparições em filmes e comerciais de TV, exposições de artes plásticas e escreve peças para crianças.

Filho do cineasta, fotógrafo e videomaker Aron Feldman, já falecido, conviveu desde a infância com inúmeras modalidades artísticas.

Em l958, atuou no primeiro filme de seu pai, “Pinceladas”; no ano seguinte, sua família mudou-se para Santo André, SP, e Cláudio continuou a atuar em outros filmes até l972.

A partir deste ano, dedicou-se de modo exclusivo ao magistério e à feitura de livros; sua única participação em cinema foi como roteirista. Artista plástico inconstante, participou de mostras coletivas e exposições individuais, sendo dicionarizado diversas vezes.

Também escreveu artigos e outros textos literários para publicações nacionais e estrangeiras, principalmente as de cunho alternativo. Em 2002, com sua aposentadoria no magistério, tentou voltar às suas atividades primeiras, atuando em filmes, comerciais de TV e feitura de peças teatrais, sem muito sucesso. Cláudio Feldman, autor de 42 livros, é mais reconhecido como escritor do que em outras de suas atividades artísticas.

 

 

Albrecht Dürer, Mãos

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Ricardo Alfaya

 

 

 

 

Frederic Leighton (British, 1830-1896), Memories, detail

Cláudio Feldman


 

Capa de Livros:


 

 Rebus Pluribus

Rebus Pluribus

 Dia Suspeito

Dia suspeito


 

 

William Blake (British, 1757-1827), The Ancient of Days

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Irineu Volpato

 

 

 

 

 

John Martin (British, 1789-1854), The Seventh Plague of Egypt

Cláudio Feldman


 

60 Anos


Antes o dia continha seu próprio significado
Hoje
Miro coisas que não entendo-leis turvas
E rostos ilegíveis -
A vida
Varre os domingos
Para os jardins pretéritos


O rumo se perdeu
Na desordem das águas
Por isto
Meus ossos rangem
À mutação das coisas e seu desígnio

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle

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Luiz Paulo Santana

 

 

 

 

 

Michelangelo, 1475-1564, Teto da Capela Sistina, detalhe

Cláudio Feldman


 

Paixão


Como alguém que abandona os sapatos
Para andar sobre brasas
Me entreguei à paixão com júbilo feroz
E o alento da amada foi o meu:
Nossas peles gêmeas
Venceram o opaco silêncio do mundo.


Hoje, que as nossas veias se apartaram,
Já não somos os mesmos: mas o eco
De nosso amor alumbrado de carícias
Ainda estremece as ruas solitárias
Com a secreta brisa de bailantes primaveras.

 

 

Michelangelo, Pietá

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Nicolau Saião, 2003

 

 

 

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Reflexion, detail

Cláudio Feldman


 

O mundo


O mundo ri enraizado no trigo
Águas medem os passos do sol

A ave livre veste o ar de vozes
O coração rima com nuvens

Mas um menino soluça sobre a pedra

E o mundo passa refletido nos punhais.

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Morte de César, detalhe

Cláudio Feldman



Gato


1

o gato
-pupilas de ladrão-
imprime no escuro
pegadas de algodão

tangenciando casas
dopadas de sonhar
os bigodes do gato
espetam o luar


2

o felino
procura mais
do que sardinhas
nas rondas animais:

talvez
respirar os segredos
que a noite oculta
atrás de seus dedos

talvez
o sentido da vida
que move seus gestos
à dúctil saída


3

o gato
e seus rastos
espera amanhecer
para conter os astros

 

 

William Bouguereau (French, 1825-1905), Admiration Maternelle

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Luiz Rufatto, foto de Simone Rufetto

 

 

 

 

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