Allan R. Banks (USA) - Hanna

Aurelino Costa


Caro Poeta Soares Feitosa,Aurelino Costa, Portugal

O seu trabalho literário em Hanna é de qualidade superior; nele brota o conto em onírico e Teófilo apresenta-se como personagem carácter da estética onde se filia Allan Banks. Ai, encontro o ponto fulcral da mestria inquestionável do criador que é Soares Feitosa.

Desejo-lhe a continuação tranqüila.

creia-me seu admirador sincero,

aurelino. 

 
   
 
 

 

 

 

 

 

Allan R. Banks (USA) - Hanna

 

 

 

Marco Aurélio Rodrigues Dias

 

 


Soares Feitosa,

Prezado Amigo,

A tenacidade é uma espécie de inspiração, talvez a tensão pela materialização de um objetivo. E a tua quase tangível força de vontade impulsiona o Jornal da Poesia. Essa qualidade admiro em você.

Quanto aos seus dotes de contista, acho que "um quadro e suas versões ao passado" é uma obra que dá fé da sua capacidade de escritor. Se um homem passa dos 20 anos e continua fazendo poesias, contos, músicas, quadros - é um artista potencial; mas se passa dos 40 e envelhece com a mesma mania, certamente é um artista.

Para mim, Soares Feitosa é um artista, e assino embaixo: Marco Aurélio Rodrigues Dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904), Morte de César, detalhe

 Renato Suttana


 

Soares:

De fato, fiquei muito intrigado com esse seu conto. Será que o pintor, que nem participou do concurso, que talvez nem tenhaRenato Suttana ouvido falar dele, foi o que realmente venceu? Então, o menino teria sonhado também esse pintor, cuja pintura, pelos acasos da sorte, teria ido parar debaixo da porta do estabelecimento, para ser sonhada pelo poeta, que por sua vez sonhou menino e quadro, e assim por diante. Ou estou tresvariando?

Não sei. Interpretei assim. Outros interpretem como quiserem.

Parabéns pelo belo e sugestivo texto.

Vai o abraço, do

   
 
 

 

 

 

 

 

 

 

Caravagio, Tentação de São Tomé, detalhe

 

Bruno Miquelino


Olá Feitosa (posso lhe chamar assim?), tudo bem?

Li seu conto. Vamos às críticas:

Adorei a forma suave e prazerosa que você conduz o texto.Bruno Miquelino Palavras leves, bem escolhidas, juntadas de uma forma que faz os olhos deslizaram de forma gostosa!

O conteúdo é deveras único (ou seria inovador?). Um conto sobre um quadro que simplesmente entrou por debaixo da porta, sem ser comprado. Um presente divino, que, como tal, é sempre mais apreciado e mais valorizado. Se soubéssemos apreciar os pequenos presentes que "entram por debaixo de nossas portas", não nos perderíamos tanto na futilidade, na ânsia de querer comprar e comprar. 

O final me intrigou bastante também. Um conto sem desfecho, que faz com que o leitor ou saia irritado da leitura (este é o mau leitor, aquele fútil, que muito provavelmente nem se lembra do começo da história) ou saia pensativo, refletindo acerca dos detalhes deixados pelo autor.

Suave, sutil, soberbo! É nessa aliteração de esses que descrevo seu conto. Ao menos o que ele passou a mim...

Enormes abraços a você!

Bruno

 

 

 

 

 

 

 

Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova, detail

 

 

 

Urariano Mota

 


Muito obrigado, Soares. Não sei o que foi melhor, se o quadro,Urariano Mota se a prosa, se o aproveitamento estético do quadro num crescendo, se a sua lembrança. Então sei: foi tudo junto. Pudim com sorvete na sorveteria Itararé do meu bairro Água Fria no Recife. Beijo de namorada reencontrada novinha e fresquinha.

Abraço forte.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ingres, 1780-1867, La Grande Odalisque

 

 

 

 

 

 

Ricardo Santhiago

 

 


Soares, desempregados?

Pois não só o passado está inacessível, como a extensão do presente — aquilo que o sustém. O rosto que não revela,Ricardo Santhiago transfigurado que é. E é rosto! Rosto, transubstanciado: o resto. Inacessível — o reto, que revela, contra a louça branca, o que é perdido, desempregado. Não se encontre o corpo, mas se busque.

Quanto ao poema, li alguma entrevista em que você dizia ter como costume distribuir seus livros aos amigos -- e não vendê-los; pendurá-los às quinas do Direito. Me lembrei imediatamente da lição de Leminski (pra ser poeta, tem que ser muito mais que poeta) e fiz.

Até breve. Até breve, poeta.

Ricardo

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

 

 

 

Gustavo Dourado

 

 


Soares mais uma vez nos enleva com um texto numinoso.

Uma pintura de arte que revela "um certo Allan R. Banks, norte-americano, nascido em 1948".Gustavo Dourado

A pintura me lembra uma Gioconda dos tempos modernos, revelada pelo código de Vinci.

Faltam um braço e as pernas, que pelo rosto: devem ser de diva. Dádiva da natura. Sereia no mar da poesia.

Um certo Teófilo. TheoDeus nos entusiasma com as suas belas criações. Musas para nossas fantasias. 

Soares nos revela o labirinto do inacessível: o destino a Deus pertence. Pressente-se.

Gustavo Dourado

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Gilberto Mendonça Teles

 

 


Meu caro Soares Feitosa, Gilberto Mendonça Teles

escrevi umas coisas bonitas sobre o retrato, às 5 horas da manhã. Mas o computador recusou-se a enviá-las e eu acabei por perdê-las. Tento enviar agora o meu agradecimento por me por em contato com tal belo retrato, com rima e tudo.

Abraço do

Gilberto Mendonça Teles.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Túlio Monteiro

 

 


Nada mais instigante, meu caro Soares Feitosa, que um texto coerente, corrediço e livre de erros ortográficos. Some-se a isso personagens misteriosos, literariedade e um final "aberto", daqueles que levam o leitor mais exigente a burilar, por horas a fio, sobre quais alinhavamentos e arremates nem seriam mais interessantes. Temos, pois, o nascimento de um clássico.

Fica um abraço!

Túlio Monteiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Camilo Martins Neto


 

Soares

Fina flor, no alvorecer da movimentada roça Cearense, se é que és mesmo daqui, deste lado de cá do mundo, habitado por nós, simples mortais, [minhas dúvidas persistem] sim, pela tuaCamilo Martins Neto capacidade intracraniana, [esse negócio do mergulho no ser e de falar da gente num simples quadro e suas versões do passado], Quem nunca foi Teófilo? Louvo a tua capacidade escriturística e poetística- invencionista! [sei lá se existem essas palavras!]. Mas pode ser que sejas simples viajante do espaço sideral com capacidade de leitura das nossas  histórias que vão passando num telão lá em cima e refletidas nas estrelas próximas à tua constelação e assim tu as remete a nós através dos códigos das letras.

  Sei que na vida o que se tem de melhor é o buscar na mente o máximo que ela de bom possa produzir, para marcar nas paredes do tempo a nossa passagem pelo planeta e a nossa contribuição para os menos favorecidos da mente e do coração, para não dizer da alma. Com certeza são privilégios raros dados a escolhidos, como tu, que sabes trabalhar um quadro misterioso como quem sabe fazer as ligaduras das veias rompidas do coração sem causar nenhuma dor aos sentimentos carcomidos pela desilusão de não saber concatenar as lembranças de outrora com sonhos e desejos do hoje, armazenados no profundo do ser, e, se confundindo até com o antes, o durante e o depois, [será que ainda haverá de acontecer?]. Mas intrigou-me a curiosidade do Teófilo de saber como era ou seria [ sei lá ] a outra parte, a de baixo! da fotografia! Me fez lembrar Marilene:

 

Passava pela pequena rua

olhava a face sua...

Era Marilene, a linda!

O belo rosto enquadrado

no quadro feito do portal

da janela, onde ela ficava

lindamente debruçada.

[Todas as manhãs... e tardes]

Um sorriso muito mais

bonito e suave do que o de

Monalisa, de Leonardo!

Cabelos longos, pretos,

[nada de Rapunzel, pelo

amor de Deus!],

olhos sem definição,

[[Pela distância que eu

os via]], mas, olhar de

de quem busca algo

no infinito... bochechas

rosadas como maçãs...

E eu a pensar: como

seria aquele “pedaço” do

corpo, [o que eu não via],

pois faltava no quadro!

Um dia me atrevi, queria

conhecê-la. Cheguei

de mansinho, perguntei

seu nome e quis ficar

bem perto, o suficiente

para vê-la toda, e vi!!

Contou-me sua vida,

e como perdera as duas

pernas em um terrível

acidente!  Estava ali,

agora, presa a uma cadeira

de rodas, pra sempre!

[ Cá estou eu que nem o

Teófilo,  a me perguntar,

Afinal, Marilene existiu,

Existe, existirá ou é apenas

Fruto da minha imaginação

Ou pesadelo? Isso eu nunca

Vou saber... ainda bem!]

 

É, meu amigo, assim são os quadros! Quadros que pintamos, [na perna bamba da ilusão do ser], que rabiscamos, [no espaço vazio da alma] que imaginamos [na escuridão da parte clara do coração] e que no fundo são apenas matérias para a fantasia da palavra, porque essa sim, não podemos deixar de ter como objetivo primordial para a [sobre] vivência do ser em sua essência, [se é que tem alguma].

 Coitado do Teófilo! E isso porque era apenas um quadro! Pensando bem, amigo, talvez, até, pra mim e pra você, mas na mente de quem espera por um ser iluminado, belo e perfeito, [a busca é longa, exaustivamente sufocante] faz muita diferença. E aí, claro, vai importunar Deus e o mundo na tentativa de descobrir quem, como, porque, onde, é, num é, vai, num vai, foi num foi... [haja sapo boi ], oi, oi, oi!

E penso, agora: quantas vezes eu fui Teófilo! Sem tirar nem botar! Vivia fazendo os meus quadros...era Silma, Rosilda, Verônica, Maurícia, Valdélia... todas bem emolduradas do lado esquerdo do peito! Imaginação era o que não faltava, nunca!!!

Mas, num posso ficá aqui me alembrando disso não, num sabe? O coração fica arrebentadim e os ói chein d’agua, pru mode qui essa istóra num tem e nunca terá fim!!!!! Ainda bem. E se tiver... Eu também num conto, e pronto.

Um grande abraço.

Poeta Camilo Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Tavinho Paes


Muito bom seu conto.

Vou recomendar no site www.poemashow.com.br numa próxima atualização de conteúdos.

Valeu, poeta

Tavinho
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dimas Macedo

 


Feitosa:

Estou por aqui olhando Um Quadro e Suas Versões aoDimas Macedo Passado.

A arte é superior a tudo, superior à política e superior à vida.

Em frente.

Do amigo,

Dimas Macedo


 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Zilmar Pires Mota

 


Doutor Soares Feitosa:

Li e reli UM QUADRO E SUAS VERSÕES AO PASSADO.

Bela história. Leva-nos a fazer indagações.

Gosto da maneira como  escreve, é como se estivesse falando. Faz o pensamento criar as imagens. Sempre visito o seu "site", o JORNAL DE POESIA.

Obrigada e um fraternal abraço.

Zilmar Pires

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Wanderlino Arruda

 


O que é mais lindo: o quadro Hanna, de Allan R. Banks ou oWanderlino Arruda rico texto de Soares Feitosa?

Qual mais colorido, mais inteligente, mais generoso em configurar sentimentos?

Hanna, crescendo desvendar mistérios, detalhamento, impacto, marcante vermelho sobre fondo oscuro; o texto, marcante garantir de estilo, visível indagar de sonhos, multifacetado colorir semântico, tudo só possível como bateia e cadinho do minerador Soares Feitosa. 

Mais do que suficiente para ser real e eterno.

Wanderlino Arruda

   
 

 

 

 

 

 

 

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Luiz Paulo Santana

 


 

Caríssimo Feitosa,

 Joguei o jogo e fiz um dos muitos caminhos na virtualidadeLuiz Paulo Santana desse espaço que se abre com esta história singela, na qual você usa o recurso do texto e da imagem — como em "A Menina Afegã, ou em "Salomão", no "Relato do Capitão". Texto circunvagando como as folhas de um suave redemoinho em torno da bela imagem. Imagem icônica para Teófilo, que em princípio evocou a "fessora", figura arquetípica de virtude, carinho e proteção, mas buscou-a sonâmbulo como um platônico amor. Sopro de vida e renovação, eros, pondo em movimento amores e paixões, mas tão estranhamente desencantados, como se pertencentes a outra dimensão, à dimensão desbotada de um tempo passado.  

 O amor é suave, discreto, será mesmo amor, ou uma espécie de veneração, tanta a ternura com que o personagem retoca delicadamente a imagem na pintura, e nos remete a pensar e preencher seus pensamentos, e nos seduz a observá-lo no jogo de sombra e luz com a "realidade" que o cerca, o cotidiano do texto agora preenchido pelas evoluções virtuais da jovem em torno de Teófilo.

 Mas o que pode um quadro com tão bela imagem? Por mais que se reavivam as paixões, que se ressuscitem os amores, por mais que se pergunte a tantos quantos — se a viram, se a conhecem, tudo não passa de evocação. A busca de Teófilo é uma evocação. Aberta a tantos quantos, posso imaginar que o futuro do quadro e sua imagem e o passado de Teófilo se encontram, ele a retocá-la, como se a fizesse, como se tivesse mandado fazer — a outra história — de sua própria costela, e, misteriosamente lhe faltasse uma parte, uma mulher incompleta como que impossível de tornar-se real, de realizar-se, exceto como incompletude, evocação de mulher, evocação de uma ou mais histórias  estranhamente incompletas. Tão estranhamente incompletas que a gente fica na dúvida se realmente existiram um dia Teófilo, o quadro, etc.

Pois que, conforme o narrador, que nada sabe sobre o desfecho, mas na verdade, sabe, segundo informa mui oportunamente Mantovanni Colares no seu belíssimo — e sintético — comentário, porque, na verdade, o narrador desfecha, isto é, não fecha, ou seja, abre, e toda a(s) história(s) está(ão) aberta(s) às viagens. E contando o número de viajantes que lhe escreveram, fico com o narrador, que diz: "O que, pois, dizer dos muitos boateiros que balanceavam dia e noite a vida de Teófilo e seu quadro misterioso?! 

 

Grande abraço,

LPSantana

BH/MG