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            Álvares de Azevedo 
   Soneto IV     Um mancebo no jogo 
            se descora,Outro bêbedo passa noite e dia,
 Um tolo pela valsa viveria,
 Um passeia a cavalo, outro namora.
 
 Um outro que uma sina má devora
 Faz das vidas alheias zombaria,
 Outro toma rapé, um outro espia...
 Quantos moços perdidos vejo agora!
 
 Oh! não proíbam, pois, no meu retiro
 Do pensamento ao merencório luto
 A fumaça gentil por que suspiro.
 
 Numa fumaça o canto d'alma escuto...
 Um aroma balsâmico respiro,
 Oh! deixai-me fumar o meu charuto!
 
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