Elizabeth Marinheiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Soares Feitosa, dez anos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nauro Machado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alphonsus Guimaraens Filho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Junot Silveira

 

 

 

Estudos & catálogos — mãos

 

 


 

 

Dos leitores

 

Welington Almeida Pinto

 

Prezado Poeta

Recebi e gostei do texto-prefácio do livro Recordel, de Virgílio Maia. Além de me desperar para a obra, me resgata o cheiro bom da vida no campo. Ah! Especialmente para um mineiro que tem no mugido da "estrela" uma das melhores lembranças da infância na roça. Gostoso de ler. Existe um escritor goiano, Hugo Carvalho Ramos, que, se ainda não leu, vale a pena degustar. Morreu muito novo mas deixou uma preciosidade da literatura sertaneja, o livro TROPAS E BOIADAS - com certeza bem apreciado por Guimarães Rosa.

Mil anos de vida para a Cururu (tenho um reconto infantil, A Festa no Céu, em que uso o Sapo Cururu como protagonista - ver no site http://www.welingtonpinto.kit.net/contosinfantis Com a estima e o abraço,

Welington

 

 

 

 

 

 

Renato Azevedo

Caríssimo Soares Feitosa,

Aqui deixo minhas singelas palavras que não chegam nem perto de agradecer o prazer que tive em receber e ler o Estaduso & Catálogos - Mãos.

Feito um cururu, em seus hábitos noturnos, cá estou com o papel e a caneta, em uma tentativa não tão venenosa, mas também de poder coaxante para disseminar voz ao mundo com palavras.

É gratificantes e só tenho eu que lhe agradecer novamente o espaço dado para mostrar as palavras desse novo girino em um meio que muitos consideram pantanoso.

Quem nunca se banhou em sal sobre o pântano de emoção e reflexão não sabe o que é pular livre feito cururu! Nem sei se minhas pernas estão flexíveis e nadam tão bem, mas é pulando de poça em poça que o movimento confere a prática e a sagacidade de não se afogar. Molhar faz com certeza parte do processo, uma vez que, se o cururu sai da moita tem que estar preparado para eventuais respingos e jatos de lama. 

Veneno... será realmente ruim? Ou será esse o remédio?

A crítica é normalmente amarga, então sábio é o cururu que regula abaixo da boca, antes de proferi-la, mas que o faz com habilidade e proeza até contra aqueles mais avantajados em sua cadeia de vida.

Prefiro, claro, um cururu viciado em sua droga sapiencial a uma raposa cerceada em quimera ignorante.

Que amam as raposas de Esopo... As uvas doces. Eu muitas vezes bato cartão de ponto também e digo até outra hora... Pois sou mesmo da família Bufonidae.

Um abraço do recém-chegado amigo

Renato Azevedo 

 

 

 

 

 

 

Aparecida Mariano de Barros

 

 

Senhor escritor

Soares Feitosa

Recebi "Estudos & Catálogos-Mãos", trabalho maravilhoso, trazendo-me recordações: os boizinhos da fazenda de um tio, e, principalmente, as pescarias na companhia de papai, nas barrancas do Rio Piracicaba. Que saudade! Um dos rios mais piscosos, hoje poluído. Às vezes, pescaria de rodada, quando o dourado era o rei dos peixes. Assado com batatas; o pintado, cujas postas enriqueciam o cuscuz.

Em todos os textos encontrei construções literárias exatas na maneira de expressar com destreza. Tropecei em algumas palavras: surubim, corgo, corró, mel de engenho. Este não seria o nosso melado ou melaço paulista? 

Obrigado, Soares!

Com admiração,

Aparecida Mariano de Barros

 

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José Geraldo Neres

 

Estudos & Catálogos - Mãos

 

                            por José Geraldo Neres

José Geraldo Neres

 

o rosto da noite

à catalogar águas

        no couro do tempo

                    prensa

            o gosto de sal

    o som da poeira

            no papel

nas mãos da vida

        o café forte

abre a porta

e espera o livro inteiro

                de Virgílio Maia


 

Caro amigo-poeta Soares Feitosa

Não sabia se a melodia que brincava nos meus olhos era o "Pagode Russo", Luiz Gonzaga na voz de Zeca Baleiro. Então tentei trocar minhas retinas, mas as lembranças me levaram para o "Cordel do Fogo Encantado", e também "Mestre Ambrosio" quis tatuar sua música no meu corpo.

Sem perceber se formou a santa trindade - bailando ao som de uma rabeca - na tarde cinza de Santo André. Nessa dança bebi palavras de outros poetas-amigos "Graça Graúna", "Sandra Regina S. Baldessin", "Ricardo Alfaya" e descobri outros copos, sem medir as conseqüências; bebi o vôo de outros poetas.

Caro amigo; obrigado pelo presente - pela viagem. Espero um próximo vôo, ou melhor dizendo; um próximo salto "Cururu".

Um forte abraços-poético deste amigo... 

 

José Geraldo Neres

 

 

Augusto Barbosa Coura Neto

 

Prezado Soares Feitosa

Sensibilizado agradeço a remssa de Estudos & Catálogos - Mãos, que veio me enriquecer intelectualmente. Confesso que meu dia frio foi aquecido pela esperança de tê-lo como amigo e paredro, para conhecimento melhor da literatura nordestina, que muito aprecio.

O prefácio sobre o livro Recordel, de Virgílio Maia, foi deveras enriquecedor. Senti invadir em mim uma gama intensa de saudades, pois eu nasci no interior de Minas Gerais (Ponte Nova), ou melhor, na roça, como diz o mineiro que não nasce na cidade, tendo a cidade apenas como referência no registro de nascimento.

Assim pude penetrar de coração no âmago e vivência do que o nobre amigo prefaciou.

Quero parabenizá-lo também pelo Joelhos & Mel. Na minha infância muitas vezes dosei erradamente o mel e a farinha (eu era muito arado).

Esperando a sua amizade, ainda que por espístolas, despeço-me com um forte abraço.

                          Augusto Barbosa Coura Neto  

 

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Outras opiniões

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Página do autor

 

 

Sonia Sales

Caríssimo Soares Feitosa

Feliz Virgílio Maria que pode ter um tão belo prefácio no seu Recordel. A experiência que você nos passa, sua vivência nesse sertão tão pouco conhecido por nós da grande cidade, que temos a pretensão de tudo conhecer, leva-nos a uma reflexão sobre a nossa pobre maneira de viver.

Do meio desta poluição daqui de São Paulo, sonho com a alegria de tomar um leite fresquinho ou ajudar da feitura de um queijo artesanal, e quem sabe, trocá-lo por papel e cantes com que poderei descrever essa tentativa de ser feliz,

Estarei esperando ansiosa os belos versos do Virgílio Maia, autor tão admirado. Parabéns aos dois.

Abraços afetuosos da 

Sonia Sales

 

 

 

Jerônimo Fagundes de Souza

 

Caríssimo Poeta, 

Já não bastava o doce de sangue de porco. Agora cantas o mel e a farinha. Passaste dos limites.

Penso que, no futuro, lerei teus versos sobre as delícias do jiló. Consegues transformar o asqueroso em lírico. O revoltante em sublime. Tens o poder da palavra, de que não disponho. E, nem por isso, me farás comer pratos tão exóticos. Isso posso jurar. Mel me lembra vômito, de abelha. A farinha ataca essas paredes, já tão fraquinhas, de meu estômago.

De qualquer forma, lembrei de minha infância. Ilha de Floripa, 1975. A mãe preparando o caldo de peixe e a farinha. O pirão. O caldo de feijão e a farinha de rosca. O pirão. A cola de farinha de trigo. As figurinhas Copa 70. O pião. O Bumba-meu-Boi. O Bal e a Aninha. O bonequinho do Zorro.

Nossas infâncias, pobres, se tocam em muitos sentidos. No Ceará, Floripa ou no ABC...

Jerônimo.

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

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