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Soares Feitosa, dez anos

 

 

 

Estudos & catálogos — mãos

 

 


 

 

Dos leitores

 

 

Antônio Mariano Lima

 

 
Sent: Monday, February 16, 2004 11:53 AM
Subject: Sobre o prefácio de Virgílio Maia

Soares, 

Li com prazer seu prefácio ao Recordel, novo livro do poeta cearense Virgígio Maia. É um exemplo curioso de como de pode construir um texto com identidade própria, que funcionaAntônio Mariano de Lima independente da obra da qual é intertexto. Tem estilo, tem alma, respira mesmo. Que a velha academia comece a beber também em mostras de leitura como estas. O prefácio cumpre também o importante papel que é o de provocar o interesse do leitor sobre a obra que apresenta. Onde posso encontrar o livro? 

Um forte abraço, muita poesia, parabéns ao poeta prefaciado e ao prefaciador. 

Antônio Mariano

 

 

 

 

Raymundo Silveira

 

Sent: Tuesday, February 10, 2004 7:00 PM
Subject: Acabei de ler agorinha

Feitosa

Acabei de ler agorinha "Estudos & Catálogos - Mãos" e estou besta, abestalhado, abestado, bestificado e de queixo caído. Eu te conhecia como um grande poeta versejador. E isto é mais do que prosa poética, no modo de entender deste teu amigo e colega deRaymundo Silveira Seminário. Eu te juro pelas minhas mãos postas - e pelas  mãos postas do "Estudo das Mãos em Oração" de Dürer - que se eu tivese encontrado estas páginas, soltas em algum lugar, sem nenhuma indicação de autoria e de editoria, teria certeza de que se tratava de um trecho de "Grande Sertão: Veredas".

Meus parabéns, meu amigo. Você tem muito mais tutano na cabeça do que imagina. E do que muita gente (culta) deste grande pequeno país imagina.

Um abraço

Raymundo Silveira

 

 

 

 

Maria Consuelo Cunha Campos

 

Soares, que beleza!

Acabo de ler o maravilhoso "papé" e ainda sinto a vertigem da altura! Muito obrigada pelo privilégio de ler seu texto de mestre!

O que existe de telúrico em meu dna urbano se energizou ao lê-lo e todas as minhas ancestralidades dedicadas à pecuária reviveram em mim, descendente que, como Drummond, já não sabe mais dar nome a bois...

Sendo Figueiredo pelo lado materno, Cunha Campos, Prata e Soares também, pelo paterno, há motivos para crer, estando estes sobrenomes no dicionário sefaradita, que também possa ter alguma ancestralidade cristã-nova

Abraço grande e comovido,

Consuelo

 

 

 

 

Xenia Antunes

 

Caro Soares,

Recebi e agradeço o envio do Estudos e Catálogos - Mãos. Desculpe a demora em responder, mas estou (estamos todos) às voltas com uma praga de vírus (esse é brabo) e tenho que ter cuidado triplicado com tudo o que entra e sai, além dosXenia Antunes procedimentos de rodar antivírus duas, três vezes por dia (já recebi uns 600 e-mails, barrados pelo AVG, felizmente). Fora o trabalho, que é muito, nada de férias.

Eu fico "de cara" - é, só na gíria mesmo pra expressar - com a sua produção! E vai escrever bem assim na ...cê sabe onde!

É uma honra partilhar escrituras com você. E ler o que você escreve é uma dádiva neste mundo literário tão medíocre.

O Jornal de Poesia é essencial, vida longa! Além disso, o seu trabalho de divulgação dos outros poetas e escritores é de uma tremenda generosidade, coisa rara!

Quando puder envie algo pra publicarmos na revista A Confraria, vai ser um luxo!

Um grande abraço,

Xenia

Brasília (Fev/2004), chovendo, chovendo... e o Lula voando, voando...

 

 

 

 

Rita Brennand

 

Sent: Friday, February 06, 2004 10:44 PM
Subject: Meu silêncio

Francisco meu, por favor não repare meu silêncio. Ele é a minha homenagem, minha gratidão.Rita Brennand

Leio tantas vezes, tantas vezes leio, só me resta o corpo intenso, a carne trêmula,o arrepio da alma.

Meu beijo de sempre .

Rita

 

 

Gilberto Alves Jr

Poeta Soares,

Permita-me fazer uma leitura menos teórica do "papé". Além disso, vale dizer que é a leitura de alguém que não tem saudade de todas as coisas que você narrou, mas, talvez, vontade de conhecê-las algum dia. Alguém da cidade, muito da cidade. Até demais.

As mãos, a forma rústica e ao mesmo tempo doce como elas são desenhadas nas suas linhas, e nas entrelinhas, ficam na mente. O couro do boi, meu avô tinha um como tapete na sala, eu me lembro bem disso. E é o único contato que eu ja tive com couro de boi.

Mas o universo do qual você fala é, para mim, outro mundo, o que torna a obra muito mais interessante. Vai sendo uma descoberta atrás da outra. O único contato com queijo que eu já tive: vê-lo no supermercado, embalado. Com o leite, em caixinhas longa-vida.

A impressão que dá é que a gente esquece que o leite vem da vaca, que alguém cuida da vaca, que a vaca come pasto e tudo isso no campo. A impressão que dá é que as caixas de leite dão em arvores, e são colhidas e levadas para o supermercado. As duas histórias seriam iguais para mim; eu nunca vi uma vaca dando leite, tanto quanto nunca vi uma arvore de leite longa-vida.

Assim, esse universo novo e diferente vai sendo aberto, jogado na minha cara, de uma forma que causa muita estranheza. E beleza!

Eu li seu "papé" no trepidar do ônibus, na avenida Marginal do sujo Tietê, não numa rede às margens de algum rio que corra devagar e limpo. Assim, minha leitura é bem diferente da de alguém que passou pelas experiências que você conta. E se quer saber: achei tudo muito lindo.

Um abraço

Gilberto Jr [da cidade]

 

Texto comentado

&

Outras opiniões

&

Página do autor

 

 

Leontino Filho

Estimado amigo

Soares Feitosa,

felicidades. Recebi, sim, na quarta-feira, ESTUDOS & CATÁLOGOS - MÃOS. De pronto, agradeço-lhe pela gentileza da remessa. Li, com entusiasmo e interesse, o seu precioso prefácio (quase-livro-ensaio-total) para RECORDEL, obra do poeta Virgílio Maia, autor que muito admiro, pelo talento e pela grande inventividade artística.

Seu texto MÃOS, em brevíssimas palavras, nos oferece o pão abençoado da poesia, e nos aponta para a maior das utopias: o encontro do sertão com o mar, encontro esse que desnudará toda a beleza do universo.

Parabéns pela esmerada poesia que emana das páginas de MÃOS, um verdadeiro tratado de amor à arte.

Louvo, também, o nascimento das Edições Cururu, que outros saltos lu-minosos aportem por estas redondezas. Mais uma vez, muito grato pelo carinho da remessa.

Dê notícias, sempre que puder. Receba o abraço fraterno do amigo

Leontino Filho

 

 

 

Álvaro Seiça Neves

Feitosa,

 

Um bater de coração primordial, semelhante a uma batida dentro do útero, apoderou-se quando recebi castanho envelope e dobrado na minha caixa de correio.Alvaro Seiça Neves

Estudos & Catálogos - Mãos - impressionado. A poeira e a fadiga do gado transportaram-me para um planalto de origens - carne-couro a chocalhar dentro de mim. Mãos. Mãos como vasilhas abertas à criação! Tudo parece tão perfeito assim. A questão da serifa não deixa de ser menos inquietante - existirá a desejada sapata debaixo de cada um de nós?

Mas, sobretudo, fica a promessa de um Recordel anunciado, espero! No final, a renovação é sempre a continuação no ciclo pródigo da vida - "as mãos dos novos hão de garantir as nossas mãos. Por sobre, sempre por sobre; assim tem sido." Lembra-me a infância da amizade pura, mãos ensinando amor...

Um convite - Edições Cururu... Teria todo o gosto em participar, diga-me se, caso tenha lido Hidra, gostaria de a ver publicada em Cururu?

Abraço grato,

Álvaro

 

Nota do editor:

Edições Cururu publicará, inicialmente em adobe.pdf, o livro Hidra, do poeta Álvaro Seiça Neves.

 

 

José Batista de Lima

Dom Soares Feitosa

Recebi seus Estudos casados com os Catálogos mas principalmente as Mãos. Sempre que vou à casa do meu avô, entro em contato com as mãos dele, que permanecem latejando nasBatista de Lima cadeiras, na mesa e nas portas

Li seu trabalho como quem bebe um copo de garapa de cana e depois lambe os beiços. O seu texto não deu "raposa"! "Raposa" é uma gastura que a gente sente quando bebe muita garapa sem colocar limão. Mas é preciso ter cuidado com limão, pois se cair um pingo que seja no parol azeda tudo e não dá rapadura que preste.

Sim, "xixilar" é faltar fogo na fornalha. Você é o poeta que não "xixila".

José Batista de Lima

 

 

 

Luciano Tosta

 

 

Caro Soares,

Depois de parado no meu escritório durante alguns dias, finalmente li o tal "papé". Li e gostei muito.

Gostei de como você compõe a realidade através daLuciano Tosta fragmentação, como conecta o tempo, a paisagem e a linguagem, e de como tira-se vida puríssima como o ar deste teu Ceará ou da minha Bahia destas linhas.

Aí está um Brasil ainda desconhecido de muitos; um Brasil que tem memória com cheiro, gosto, cor e força, até para "ferrar".

Eu, que escrevo daqui das "estranjas", duma América que não e "nuestra", como queria o cubano José Marti, muito menos "nossa", como, iludidos, pensam alguns dos muitos brasileiros que hoje habitam esta Nova Inglaterra onde estou, mas sempre "deles", senti saudade de casa, do meu Brasil.

Senti no seu texto tambem uma certa inquietação e lembrei-me de Pessoa, mas não o do Guardador de Rebanhos, pois seus bezerros, cavalos, burros e jumentos, mesmo "dóceis", tem a vitalidade insuperavel de nossa terra e nosso povo, mas sim do seu tardio e fragmentado "Livro do Dessassossego". Então, depois deste prefácio, que venha o resto da sua angústia, saudade, história! E será bem-vindo!

Abracos,

Luciano Tosta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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