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Mario Cezar

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Alessandro Allori, 1535-1607, Vênus e Cupido

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Prefácio, ensaio, crítica, resenha & comentário:


Poesia:


Fortuna crítica:

 

Mario Cezar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Culpa

 

Mary Wollstonecraft, by John Opie, 1797

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Thomas Colle,  The Return, 1837

Mario Cezar



A tarde finda. 

A liberdade dos pássaros escolhe o galho seco da mancambira 

para o pouso das asas.

O vaqueiro encosta o algibão no pé do
alpendre e ainda rumina o aboio da lida.

No pé dos olhos há pétalas de mandacaru.
O dia se entremeou de garranchos e as
montarias são lembranças vivas.

Enquanto as estrelas querem alvejar o céu,
o cabra Soares Feitosa teima em espreitar
o mugido do sol para inventar o signo das
cantorias incandescentes. Eita cabra
que ainda minino arrancou a dor'd-olhos
com o ferrão das abelhas italianas, espiar
o prefácio do livro do Virgílio é como segurar
uma cuia de mel, é como receber a herança
dos ventos.

Diga, cabra Feitosa, ao Virgílio Maia que espiei o livro dele
numa livraria da Paulista (aqui em Sampa)
e o chão tremeu com a valentia dos garrotes
   
um grande abraço do
Mario Cezar  

   

 

Tiziano, Mulher ao espelho

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Virgílio Maia