Caravagio, Tentação de São Tomé, detalhe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A menina afegã

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Franz Xaver Winterhalter. Portrait of Mme. Rimsky-Korsakova, detail

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nilto Maciel

 


 

O estudo da literatura fantástica no Brasil

 

 

Nos últimos anos, sobretudo depois da publicação, no Brasil, do ensaio de Tzvetan Todorov, Introdução à Literatura Fantástica (1975), tem se ampliado o interesse de estudiosos, mestres e doutores em Letras, assim como de historiadores e críticos literários, pela literatura fantástica de escritores brasileiros. Como se observa em “Literatura fantástica no Brasil”, de Nilto Maciel: “Durante o século XIX poucos foram os escritores brasileiros que enveredaram pelo fantástico. Álvares de Azevedo, em Noite na Taverna, e Machado de Assis, em alguns contos, são os mais conhecidos. Apesar disso, historiadores como Sílvio Romero e José Veríssimo não se detiveram na análise dessas páginas enquanto literatura fantástica. O primeiro, na monumental História da Literatura Brasileira, embora se refira, aqui e ali, a Poe, Gautier, Perrault e outros cultores do gênero, mesmo nesses momentos fala apenas de ‘imaginação ardente’ e ‘fantasia’”. Mais adiante no tempo, 1981, em Conto Brasileiro Contemporâneo, Antonio Hohlfeldt dedica um capítulo ao que chama de “conto alegórico”, cujos principais expoentes no Brasil seriam Murilo Rubião, Péricles Prade, Moacyr Scliar, Roberto Drummond e Victor Giudice. E fundamenta por que prefere o termo “alegórico” ao “fantástico”. Em sua opinião, “no Brasil, um dos que mais entendeu o assunto certamente terá sido o crítico José Hildebrando Dacanal.” Pois é de Dacanal um dos primeiros estudos brasileiros dessa literatura: Realismo Mágico (Porto Alegre, Ed. Movimento, 1970), no qual analisa os romances Grande Sertão: Veredas, O Coronel e o Lobisomem e Fogo Morto.

Além disso, são raras as chamadas antologias de contos fantásticos brasileiros. Em 1959 Jerônimo Monteiro publicou pela Editora Civilização Brasileira O conto fantástico. Mais recentemente editou-se o volume Páginas de Sombra: Contos Fantásticos Brasileiros, edição e apresentação de Braulio Tavares, Editora Casa da Palavra, Rio de Janeiro, 2003, 167 páginas. São 16 histórias que vão de 1884 a 1995: Carlos Drummond de Andrade; Amândio Sobral; Murilo Rubião, com "Teleco, o Coelhinho"; Berilo Neves; Lília Aparecida Pereira da Silva; André Carneiro; Coelho Neto; Orígenes Lessa; Adelpho Monjardim; Machado de Assis, com "As Academias de Sião"; Rubens Figueiredo; Heloísa Seixas; Lygia Fagundes Telles, com "As Formigas"; Carlos Emílio Corrêa Lima; Humberto de Campos; e Aluísio Azevedo, com “Demônios”.

Nas universidades brasileiras raramente ocorrem seminários, simpósios, encontros para se debater a literatura fantástica. Em 2006 aconteceu o I Encontro Cearense de Literatura Fantástica, promovido pelo GRELF: Grupo de Estudos de Literatura Fantástica, coordenado pelos professores Vicente Jr. (Brasil, UFC) e Marton Tamas Gemes (Alemanha). Está tudo registrado em www.literaturafantastica.pro.br/. Em 2009 (28 a 30 de abril) aconteceu o I Colóquio “Vertentes do fantástico na literatura”, na UNESP: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Araraquara, SP, do qual se imprimiu um “caderno de resumos”. Das dezenas de comunicações, são poucas as relativas a escritores brasileiros: Aluízio Azevedo, Caio Fernando Abreu, Campos de Carvalho, Cristovão Tezza, Gastão Cruls, Guimarães Rosa, José J. Veiga, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Mário Donato, Menalton Braff e Murilo Rubião.

Não temos, porém, ainda, um amplo estudo do fantástico. Há pequenos ensaios, dissertações acadêmicas, artigos e alguns livros dedicados a obras de contistas e romancistas brasileiros que enveredaram pelo mundo mágico, uns com mais ênfase (Murilo Rubião e José J. Veiga, especialmente), outros com menos. Assim mesmo, a grande maioria dos artigos, publicados em jornais, revistas e na Internet, não vai além de elogios, citações de títulos de obras, dados biográficos, etc.

Este artigo poderá ser lido como um roteiro ou um esboço de roteiro do que se tem publicado no Brasil a respeito da nossa literatura fantástica. A começar pelos dois nomes mais conhecidos nessa especialidade: Murilo Rubião e José J. Veiga, que têm sido os mais estudados. Também há análises sobre o fantástico nas obras de Álvares de Azevedo, Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Inglês de Sousa, João do Rio, Gastão Cruls, Oliveira Paiva, Emília Freitas e outros contistas e romancistas surgidos no século XIX. São pequenos ensaios, alguns deles muito dispersos nas análises, com longos passeios pelo fantástico de origem romântica européia. No século XX há um maior número de escritores brasileiros que enveredaram, aqui e ali, pelo fantástico (nome genérico) ou pelo realismo mágico: Guimarães Rosa, José Cândido de Carvalho, Lygia Fagundes Telles, Mário Donato, Rosário Fusco (Segundo Nelson de Oliveira, “O romance O agressor, de Fusco, publicado em 1943, é a primeira manifestação bem realizada no Brasil de narrativa fantástica contemporânea”), Ignácio de Loyola Brandão, Moacyr Scliar, Campos de Carvalho, Péricles Prade, Airton Monte, Caio Fernando Abreu, Carlos Emílio Correa Lima, Victor Giudice, Roberto Drummond, Moreira Campos, José Alcides Pinto, Nilto Maciel, Cristovão Tezza, Dimas Carvalho, Menalton Braff e tantos outros. Alguns têm sido estudados sob o ângulo do fantástico com mais rigor, outros menos. O certo é que são breves estudos, quase sempre em artigos de pouca monta, salvo um ou outro livro.

 

Murilo Rubião

Um dos maiores cultores desse tipo de literatura no Brasil é Murilo Rubião. Embora tenha escrito (ou publicado) pouco, é tido como um dos mais importantes contistas nesse gênero. Estreou em 1947, com o livro O Ex-Mágico. Consagrou-se exclusivamente ao conto, como poucos escritores brasileiros. São inúmeros os estudos de suas narrativas, em revistas, livros e na Internet:  

- O conto fantástico de Murilo Rubião, de Audemaro Taranto Goulart. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1995;

- A metamorfose nos contos fantásticos de Murilo Rubião, de Luciane Alves Santos. Revista eletrônica de crítica e teoria de literaturas, PPG-LET-UFRGS – Porto Alegre – Vol. 02 N. 02 – jul/dez 2006;

- Murilo Rubião e a renovação artística na literatura brasileira, de Adriana dos Santos Teixeira (http:www.dla.ufv.br/glauks v. 7 n. 1 (2007) 102-118);

- A presença de dualidades em Murilo Rubião, da Profa. Dra. Edilene Gasparini Fernandes (XI Congresso Internacional da ABRALIC, Tessituras, Interações, Convergências, 13 a 17 de julho de 2008, USP – São Paulo, Brasil);

- A transgressão do fantástico em Murilo Rubião. Tese (doutoramento) de F. D. Furuzato. Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas, 2002, 184p.;

- O mágico desencantado ou as metamorfoses de Murilo, de Davi Arrigucci Júnior. In O pirotécnico Zacarias (São Paulo: Ática, 1981);

- Minas, assombros e anedotas (Os contos fantásticos de Murilo Rubião), de Davi Arrigucci Júnior. In Enigma e comentário: ensaios sobre literatura e experiência (São Paulo: Companhia das Letras, 1987);

- Murilo Rubião: Literatura Comentada, de Jorge Schwartz. São Paulo: Abril Educação, 1982;

- Murilo Rubião: o contista do absurdo, de Eliane Zagury. In A palavra e os ecos. Rio de Janeiro: Vozes, 1971;

- Murilo Rubião e os impasses do fantástico brasileiro, de Acauam Silvério de Oliveira (www.pucsp.br/revistafronteiraz);

- Um seqüestro do divino, de José Paulo Paes. In: A aventura literária: Ensaios sobre ficção e ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. p. 117-123;

- Murilo Rubião: a poética do Uroboro, de Jorge Schwartz. São Paulo: Ática, 1981. (Ensaios, 74);

- Do fantástico como máscara, de Jorge Schwartz. In O convidado, Murilo Rubião. 4. ed. São Paulo: Ática, 1988. (Coleção de Autores Brasileiros, 81). p. 6-13.

Citemos apenas estes, porque uns remetem a outros e assim se faz o ciclo dos estudos. Outras dissertações e teses sobre a obra de Murilo Rubião podem ser encontradas em http://www.ufmg.br (Murilo Rubião – AEM – UFMG).

 

José J. Veiga

 

Estreou em 1959, com Os cavalinhos de Platiplanto. Apontado como um dos introdutores do realismo mágico na literatura brasileira, em cuja linhagem, até então, só era citado Murilo Rubião. Não há, entretanto, nenhum laço a uni-lo ao escritor mineiro. Talvez nem tenha lido, no início de sua formação intelectual, os contos de Rubião. Neste, o homem está, vive, sofre na cidade grande. Em Veiga, o ambiente é o do interior do país, em pequenas cidades, lugarejos, quase sempre. Hélio Pólvora frisou bem esse aspecto da obra de Veiga – “sua língua é a do homem do interior, os seus assuntos derivam da terra, dos homens – uma realidade nossa”.

Como o autor de O ex-mágico, o criador de A hora dos ruminantes não tem sido estudado como merece. Ainda são poucos os livros reservados à sua obra:

- José J. Veiga e o romance brasileiro pós-64, de Gregório Dantas. Falla dos Pinhaes, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.1, n.1, jan./dez.2004;

- “Um realista mágico”, de Wilson Martins. in Ponto de vista (crítica literária), vol. 8. São Paulo: T. A. Queiroz Editor, 1994;

- “Aquele mundo de Vasabarros”, de John Parker. In Colóquio/Letras n.76, novembro/83;

- Um olhar crítico sobre o nosso tempo (Uma leitura da obra de José J. Veiga), de Agostinho Potenciano de Souza. (Campinas: Ed. da Unicamp, 1990);

- As fronteiras do conto de José J. Veiga, de Maria Zaira Turchi.  Ciênc. let., Porto Alegre, n.34, p.93-104, jul/dez. 2003;

- José J. Veiga: Literatura Comentada, de Samira Youssef Campedelli. São Paulo: Abril Educação, 1982;

- A construção do fantástico em narrativas de José J. Veiga, de Nerynei Meira Carneiro. Dissertação (Mestrado em Letras) - UNESP/FCL, Assis, 1998;

- A instauração do fantástico em “Os cavalinhos de Platiplanto”, de J. J. Veiga, de Maria do Carmo Lann Figueiredo. O Eixo e a Roda. Revista de Literatura Brasileira. Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 52-63, jun. 1984;

- O fantástico na literatura de José J. Veiga, de Rosa Maria Morsh. Dissertação defendida em 1995 junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

Machado de Assis

“Ao exercitar o fantástico, Machado trabalha a favor e contra o próprio padrão desse operador estético-ficcional que, no século XIX, é campo propício para a reflexão sobre os limites entre a razão e a loucura; a ciência e a imaginação; a observação e análise dos fenômenos do mundo real e da mente humana e os arroubos, fantasias e desvarios românticos”, observa Rosa Duarte de Oliveira, no ensaio indicado na bibliografia deste artigo. “Influenciado por Ernst Theodor Amadeus Hoffmann, Edgar Allan Poe e Théophile Gautier, aos quais se referia com freqüência, Machado diluiu o fantástico - o “quase-macabro”, que designamos - ao longo da auspiciosa carreira literária, razão talvez do desconhecimento de alguns ou da pouca atenção de outros”. (...) “O conto fantástico de Machado de Assis se alinha, em forma e teor, ao conto fantástico francês do século XIX, diferindo totalmente da vertente inglesa”, afirma Marcelo J. Fernandes, no ensaio “Machado de Assis quase-macabro”. Seus contos fantásticos foram publicados pela editora Bloch, em Contos Fantásticos de Machado de Assis, coletânea organizada por Raymundo Magalhães Júnior, livro originalmente publicado em 1973, com onze narrativas. Entretanto, outros contos de Machado nessa vertente foram localizados depois. E só tem crescido o número de estudos dessa obra, como se observa a seguir:

- Machado de Assis quase-macabro, de Marcelo J. Fernandes. Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte - nº 85 - abril de 2003 ou www.novasaquarema.com.br;

- “Entre santos”, de Machado de Assis, de Rosa Duarte de Oliveira. Revista Cultura Crítica nº 5 ou www.apropucsp.org.br Associação dos Professores da PUC-SP;  

- O estranho e o fantástico no conto de Machado de Assis, de Rildo Cosson. Revista do Centro de Artes e Letras. Santa Maria, v. 13, n. 12, p. 197-207, 1991;

- O imortal de Machado de Assis, de Carmen Lúcia Cruz Lima Gerlach. Travessia, Florianópolis (UFSC), v. 19 (Machado de Assis 150 anos), p. 119-124, 1989;

- O papel do leitor no conto fantástico de Machado de Assis, de Valdira Meira Cardoso de Souza. Dissertação (Mestrado em Letras) - UNESP/FCL, Assis, 1998.

 

Ligya Fagundes Telles

Embora tenha publicado apenas alguns contos que podem ser qualificados como fantásticos, Ligya tem tido mais boa dos estudiosos, como se pode observar abaixo:

- Entre a nudez e o mito, de José Paulo Paes. In: Transleituras: Ensaios de interpretação literária. São Paulo: Ática, 1995. (Série Temas, 45). p. 41-45;

- O duplo em Lygia Fagundes Telles: um estudo em psicologia e literatura, de Berenice Sica Lamas. (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004);

- Mistérios de Lygia Fagundes Telles: uma leitura sob a óptica do fantástico, de Juliana Seixas Ribeiro. (Biblioteca digital da UNICAMP, sistema Nou-Rau; http://libidig.unicamp.br);

- Lygia FagundesTelles e Edgar Allan Poe: diálogos intertextuais, de Ana Luiza Silva Camarani (Profª Doutora UNESP – Araraquara) e Paulo Sérgio Marques (Doutorando PPG em Estudos Literários UNESP – Araraquara). (http://www.pucsp.br/revistafronteiraz);

- Os fantásticos mistérios de Lygia, de Aíla Sampaio. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009.

 

Péricles Prade

Este é um caso sui generis dentro do especial capítulo da literatura fantástica. Autor de Os milagres do Cão Jerônimo (1971) e Alçapão para Gigantes (1980). “Tradicionalmente, os textos literários são classificados a partir de gêneros. Costuma-se designar textos breves, como os de Péricles Prade, como contos. Entretanto, segundo Julio Cortázar (2006), já não existe a separação entre prosa e poesia. É improfícuo nomenclaturar os textos de Prade como contos (prosa), uma vez que são caminhos poéticos de estranhamento. Os textos de Péricles Prade podem ser lidos como poemas justamente porque são sinfonias que pulsam além do breve relato que contam (ou cantam). Os textos de Alçapão para gigantes são contos-poema porque suplantam a estrutura de prosa, ao menos como tradicionalmente eram entendidas (...) “A obra pradeana é, certamente, um alçapão onde palpitam Eras-estilos distintos. A Era Imaginária Barroca, por exemplo, está presente em Alçapão para gigantes por esta obra ser, principalmente, resultado de uma escrita lapidar, demoníaca e profanadora. Os estilos fantástico e surrealista estão presentes sob a máscara da capacidade infantil, pré-babélica da linguagem e sob o insólito do uso dos mitos e imagens”, enuncia Maria Cristina Ferreira dos Santos no ensaio citado aqui.

- Os contos-poema de Péricles Prade: Ante um alçapão anacrônico de mitos e imagens, de Maria Cristina Ferreira dos Santos. (Ensino e pesquisa, volume 1 nº 5/2008 ou www.iepes.org.br);

- Recensão crítica a 'Alçapão para Gigantes', de Péricles Prade, de Fábio Lucas. In: Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 63, Set. 1981, p. 94-95.

 

Outros cultores

Nome fundamental da literatura fantástica no Brasil é Álvares de Azevedo, embora tenha publicado apenas uma novela fantástica, Noite na taverna. Sobre ele há poucos estudos, como “Claudius Hermann”, o fantástico em Álvares de Azevedo, de Julio Jeha. O Eixo e a Roda. Revista de Literatura Brasileira. Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 124-134, 1983; e Álvares de Azevedo, um contista fantástico, de Maria Imaculada Cavalcante. Revista Linguagem Estudos e Pesquisas, Catalão, vols. 10-11 – 2007 ou www.catalao.ufg.br/letras/revista

A respeito de João do Rio pouco se encontra na Internet: O fantástico em João do Rio: Um diálogo entre as literaturas brasileira e anglo-americana, de Alexander Meireles Silva (UFG). Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades ISSN-1678-3182, Volume VIII Número XXIX Abr-Jun 2009 ou http://publicacoes.ungranrio.edu.br

Ignácio de Loyola Brandão aparece com O realismo mágico de Ignácio de Loyola Brandão, de Juliana Loyola. Revista Cultura Crítica, Ed. Nº 05, APROPUC, Associação dos Professores da PUC-SP.

 

Estudos mais abrangentes

Além desses estudos sobre a obra de Murilo Rubião, José J. Veiga, Machado de Assis, Ligya Fagundes Telles e outros nomes fundamentais da literatura fantástica, há também ensaios mais abrangentes, como se observa a seguir:

- Ficção científica, fantasia e horror no Brasil (1875 a 1950), de Roberto de Sousa Causo. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2003;

- Literatura fantástica no Brasil, de Hélio Lopes. Língua e Literatura. São Paulo, v.4, p.185-199, 1975;

- O conto fantástico, (prefácio) de Jerônimo Monteiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959. Panorama do Conto Brasileiro, 8;

- Literatura fantástica no Brasil (esboço histórico), de Nilto Maciel (www.bestiario.com.br);

- “Fantasmas, fantoches, fantasia”, de Nelson de Oliveira. Jornal Rascunho, Curitiba, PR ou http://rascunho.rpc.com.br).

 

Muitos estudos, em livros e revistas acadêmicas, não priorizam este ou aquele escritor. Como O realismo maravilhoso, de Irlemar Chiampi. São, portanto, poucos, ainda, os estudos de obras individuais e, menor, do conjunto dessa literatura no Brasil.

 

            Fortaleza, outubro de 2009.

 

 

 

 
Conceição Paranhos

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Dora Ferreira da Silva

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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