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Fernando Fiorese

 

Poussin, Venus Presenting  Arms to Aeneas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Poesia:


Ensaio, crítica, resenha & comentário:


Fortuna crítica:


Alguma notícia do autor:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Albrecht Dürer, Head of an apostle looking upward

 

Albrecht Dürer, Mãos

 

 

 

 

 

 

 

Jean Léon Gérôme (French, 1824-1904)

 

 

 

 

 

Fernando Fábio Fiorese Furtado



Bio-bibliografia


Nasceu em Pirapetinga, Zona da Mata Mineira, no dia 21 de março de 1963. Residindo em Juiz de Fora (MG) desde 1972, participou do grupo de poetas, escritores, artistas plásticos e fotógrafos que, durante os anos 80, editou o folheto de poesia Abre Alas e a revista d'lira. Poeta e contista, estreou em 1982 com o livro Leia, não é cartomante, ao qual seguiram-se Exercícios de vertigem & outros poemas (1985) e Ossário do mito (1990), todos de poesia. Publicou ainda o ensaio Trem e cinema: Buster Keaton on the railroad (1998), além de contos e poemas em coletâneas, antologias e periódicos do Brasil, Itália e Portugal.

Como professor do Departamento de Comunicação e Artes da Faculdade de Comunicação e do Curso de Especialização em Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e membro do Grupo de Pesquisa "Estéticas de Fim-de-Século" da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolve pesquisas nas áreas de Cinema e Literatura, com publicações regulares em coletâneas de ensaios e revistas especializadas. Além disso, atua como professor-convidado em cursos de pós-graduação de faculdades e centros de ensino de Juiz de Fora e região. Mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ, atualmente elabora tese de doutorado em Ciência da Literatura/Semiologia na Faculdade de Letras desta mesma instituição, tendo por objeto a obra poética de Murilo Mendes.


Do Autor

Poesia

  • Ossário do mito. Juiz de Fora : edições d'lira, 1990

  • Exercícios de vertigem & outros poemas. São Paulo : J. Scortecci, 1985.

  • Leia, não é cartomante. Juiz de Fora : Ed. Autor, 1982.

Conto

  • "Kênia, a Egýphcia"/"Balões incendiários". In: Os olhos de Luna e outros contos. Uberlândia : UFU, 1984.

Ensaio

  • Trem e cinema: Buster Keaton on the railroad. São Paulo : Cone Sul, 1998.

  • "A literatura na cena finissecular". In: Globalização e literatura. Rio de Janeiro : Relume-Dumará, 1999.

  • "Murilo nas cidades: os horizontes portáteis da modernidade". In: A poética das cidades. Rio de Janeiro : Relume-Dumará, 1999.
     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rubens, Julgamento de Paris

 

 

 

 

 

Fernando Fábio Fiorese Furtado



A Casa


na rua da casa não passe.
o futuro será póstumo

a fachada da Casa não olhe.
os olhos serão outros

na calçada da Casa não pise.
a terra será queda

os frutos da Casa não coma.
dentro as paixões disparam

aos viventes da Casa não fale.
qualquer palavra é rendição

os cômodos da Casa não visite.
os gatos enlouquecem de tanta beleza

na Casa eu vivo.
os ausentes são minha família

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fernando Fábio Fiorese Furtado



Manhã


na claridade do pátio
nada se move.

apenas o mármore das colunas
duela com o vento.

todo o solo prenuncia a queda
a palavra que fenda a manhã.

emigrado da sombra
me entrego ao desgaste do vento.

ah o azul
o azul me desampara.

 

 

 

 

Ticiano, Salomé

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Jamesson Buarque

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fernando Fábio Fiorese Furtado



Mulher Dormindo


apenas a alma dorme
o corpo insone
trabalha
os minérios do sono
sustenta o pânico
o naufrágio
na penumbra
fogo e relva
os músculos dançam
debruçados sobre o nada

os olhos não
os olhos sonham
à sombra da alma
- e sobrevivem
ao dilúvio

 

 

 

 

Ticiano, Magdalena

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08/06/2005