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			Rita Cruz 
                                         
                                            
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
              
                                                                   
                                                                        
                                                                        
                                                                        
                   
            
            Fé 
			 
			 
			Fé... 
			Alguém falou pra ter, 
			mas perdeu a sua. 
			 
			Nas ruas apertadas, 
			fez questão de esquecer. 
			E como roupa que se despe 
			modificou-se a si mesmo.  
			 
			Nem lenço, nem documento. 
			A fé perdeu seus bens, 
			ficou na rua da amargura, 
			esperando por um milagre.  
			 
			O sujeito, pobrezinho, 
			nem quis saber. 
			Tão logo se viu pelado, 
			deu um pulo de alegria 
			e passou a acreditar 
			que poderia não acreditar.  
			 
			E para a comemoração  
			parou no Boteco do Luizinho: 
			um café por favor! 
			Deu uma bicada, aliviado,  
			e jogou o resto pro Santo. 
			 
  
                                                                   
          
                                                                        
                                                                        
                   
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