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Valdir Rocha & Soares Feitosa

Os leitores escreveram

 

 

 

 

Outro ensaio do gênero:

um quadro de Hélio Rola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Fernando Henrique

Sent: Saturday, March 30, 2002 5:36 PM
Subject: Re: Fernando, vai este boneco pascal. SF

Caro Soares Feitosa,

Olha, muito brevemente: precisarei de um "dicionário nordestino" para poder entender esse seu boneco pascoal. O engraçado é que, não desde agora, mas já há algum tempo, quando seu livro li, achei que precisaria passar um tempo em sua terra para poder abstrair alguns sabores, cheiros, coisas mais para tocar e ver... Como poderei saber quão macio é o jatobá? E as borboletas de asas amarelas, o que tão raramente em Curitiba se dá, como perceber o que são, como são, e de que cores podem vir a tomar se aqui só o verde, o cinza e o azul do céu!? É... será difícil entender, mas a beleza de suas palavras, ah essas... essas, sim, poderei guardar.

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Cláudio Willer

Sent: Saturday, March 30, 2002 7:24 PM
 
Valdir Rocha tem todos os motivos para estar feliz por ter sido descoberto ou achado por você. 

Belo encontro de artistas. Ficou bom, e o mais importante é seu tom honesto, a credibilidade que seu texto transmite.

Abrs, Claudio Willer

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Ricardo Alfaya

Sent: Friday, April 05, 2002 2:23 PM
Subject: Re: Ricardo, Poeta, vai-lhe este abraço em madeiras e pólens. SF
 
Caro Soares,

Um projeto muito interessante, 41 poetas escrevendo a respeito. Sua visão é notavelmente original, conseguindo pontilhar de lirismo, numa boa, a máscara-carranca, cujo título "Fui eu" a torna evocação mortuária, plena de um expressionismo barroco-contemporâneo. 

 A idéia de recortá-la no ritmo do texto foi ótima, deu ao trabalho uma dimensão de fato poética. Além disso, ocorreu ainda um enriquecimento das possibilidades de leitura, em virtude do deslocamento do foco da análise da forma do objeto para o material com que foi realizado, permitindo-nos uma nova leitura. Gostei do conjunto.

Vale notar que é interessante demais esse título "Fui eu". O objeto artístico, afinal, diz do seu autor, mesmo quando este se encontra ausente. O objeto *representa* o autor.  Nesse ponto, criador e criatura se confundem.  Por outro lado, ao mesmo tempo, o objeto em si parece negar aquilo que afirma, posto que sua excessiva rigidez de máscara mortuária na verdade não sugere tanto aquilo que o seu criador tenha sido, mas sim no que se transformou, ou melhor, poderia ter vindo a transformar-se, uma vez que ele realizou o trabalho enquanto vivo. Em verdade provavelmente aquele objeto nunca "foi ele", embora, paradoxalmente, pela razão primeira apontada, de fato o tenha sido.

Em última análise, na verdade o objeto serve de metáfora a todo o objeto artístico existente, uma vez que cada um tem a capacidade ambígua de, a um só tempo, presentificar o autor, ao mesmo tempo em que, contraditoriamente, frisa a sua ausência.

Abcs,
Ricardo Alfaya


E, ao tomar conhecimento de que o comentário fora publicado:

 

Sent: Sunday, April 07, 2002 12:31 AM
Subject: Re: Ricardo, Poeta, Artista, veja como ficou seu comentário! Abraço maior. Soares
 
Caro Soares,

Que bela surpresa. Obrigado. Como deve ter observado, de fato tanto o quadro quanto o seu trabalho sobre ele me causaram um impacto muito forte.  São momentos artísticos que a gente sabe que nunca vai esquecer.

Um grande abraço,
Ricardo Alfaya

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André Seffrin

From: andreseffrin
Sent: Thursday, April 04, 2002 11:15 AM
Subject: jatobá

Feitosa, meu caro,

Você é um verdadeiro Jatobá: "Escrevo de ouvido e tacto." Está dito.

É o escritor, é o poeta.

Abraços
André

 

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João Filho

From: cabezzadi
Sent: Sunday, March 31, 2002 1:07 PM
Subject: Re: Fui Eu

A acabei de receber sua versão. E fui ler os comentários dos leitores. E vi que o leitor Fernando Henrique [ainda] não conhece quase nada do Nordeste..., que é o meu universo. Lendo o texto de Soares, vejo-me em palavras, sentidos, aquele sentimento encalacrado que todo nordestino possui: a secura e o afago desta plagas
difíceis. 

Conheci o poeta Soares Feitosa através do suplemento cultural de A Tarde, de Salvador. E percebi logo que era um poeta da mesma linhagem do nosso bardo de fôlego enorme: Gerardo de Mello Mourão. Foi ler e me identificar. O Nordeste de que provenho é ribeirinho, Bom Jesus da Lapa fica na margem esquerda do médio São Francisco, Oeste da Bahia, fartura e seca, sol abrasador e águas barrentas.
 
Abraços,
         João Filho.

P.s.
Vou ler o outro trabalho com o Hélio Rola.

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Marília Gonçalves

Sent: Monday, April 01, 2002 6:42 AMFUI EU, de Valdir Rocha
Subject: Re: Marilia, vai este abraço-pascal. SF
 

Vou conhecer todos os termos brasileiros que utiliza, mas com o tempo isso vai tar solução, irei aprendendo, que assim é  vida no entanto um nome me despertou a atenção, que sei de ser de um fruto que no entanto desconheço: jatobá. 

Pois meu caro Soares, daqui lhe lanço desafio de um texto que mo descreva em sabor, perfume, textura, tacto, visão já você foi dizendo, isto se tiver disponibilidade e paciência, mas como aqui é o que pode chegar do fruto teria muito gosto em saborear.

grande abraço

Marilia

 

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Marina Leitão

FUI EU, de Valdir RochaSent: Wednesday, April 03, 2002 11:04 AM
Subject: Sinfonia em madeiras
 
O poeta e o pintor
Juntos podem dar outro significado à vida...
tornando-a não um fardo, mas um prazer!
lindo, lindo, adorei.

Marina

 

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Helena Armond

Sent: Wednesday, April 03, 2002 10:22 AM
Subject: Em madeiras NE

Belíssima  a sua forma de FEITOSA forma de dizer!
Viagem- entre- dentro -com-através-do cheiro-do tato-madeiras-verdes-leves pesadas- maduras... eternizadas na sua fala e nos traços e cortes de
Valdir Rocha. TEM em sua página todo o registro da força que TÊM!
 

Cumprimentos.

helena armond

 

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Mantovanni Colares

Sent: Thursday, April 04, 2002 8:28 AM
Subject: Fui eu

Soares Feitosa mais uma vez nos surpreende, com sua cadência lírica, que beira ao delírio febril, em suas luzes literárias que projetam sensações diante do enigmático quadro "Fui Eu", de Valdir Rocha. 

Lendo o texto de Soares Feitosa, nos damos conta da irresistível luminosidade do quadro, o ângulo perplexo dos sobrolhos que emolduram o sol-dia em forma de semblante, e nos leva à simplória conclusão - porém tão inalcançável nessa nossa cegueira de sentimentos - de que a arte é a propulsora das sensações, o estímulo a todos os sentidos: não nos enganemos! a arte visual é também olfativa, auditiva, gustativa e, principalmente, tátil. "Enxergarias sem o tacto?", esse o enigma de Soares Feitosa, e para que não nos deixemos devorar pela esfinge que sempre nos impõe o "decifra-me ou devoro-te", revisitemos a beleza do quadro, sem a pretensão de enxergá-lo, mas de apalpá-lo em sua tridimensionalidade emotiva. Nesse instante, nos damos conta da magia do pensamento de Fernando Pessoa, para quem tudo no universo um dia findará, menos a arte, pois esta será eterna. 

Decifremos o enigma. Sem o tato, nunca enxergaríamos, em tempo algum ouviríamos, jamais perceberíamos os odores e em nenhum tempo notaríamos o sabor. A arte é a junção dos sentidos, ainda que ela se expresse somente através de um deles, e é daí que surge o desejo de prolongamento quando nos deparamos com arte, tal qual a sensação dos cheiros e da água morna a que se referiu com maestria Soares Feitosa.

Mantovanni Colares

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Rita Brennand

Sent: Sunday, April 21, 2002 5:56 PM
Subject: dos jatobás

Deu água na boca, rio, choro de gostoso. Até onde você me leva? Inda bem nem chego, você já me sangra.

1 visão: um rosto? Essa cara?

Esse ovo — só gema exposta —-amarelo shocking.

Por enquanto, a gema derramada, pinta de luz a borboleta amarela. Em cada asa, um pingo de pupila.

MÁSCARA!

Você esquarteja a cara, e cada olho é gamela das grandes. Na cozinha, Bastiana guardava, nas de madeira maciça. Um dedo de água da cacimba clara cobria a brancura do polvilho, a goma de fazer tapioca.

Partido ao meio o ovo, o ouro escorre e brilha.

Brilho de luz da pupila, bem no centro,de cada asa da borboleta dourada.

Partiu-se em duas a máscara, no carnaval de Olinda...

1+1 visão: de barro amassado, ao ponto, sugerir a forma, sonhar um rosto.

Sentir a multiplicidade de rostos. Multidão. Impregnar-se .

Destacar um rosto,escorrer das mãos a imagem, os olhos.

Só olhos, vorazes .

Buracos negros, a absorver o universo.

Vontade de buscar a memória dessa máscara. A praia de Boa Viagem, as gitiranas ,cambada de meninos.

Cuidado com as caravelas — boiando como flor rosa--- traiçoeira.Lá vem ela linda com seus fiapos de fogo.

Francisco estou borbulhando, cheiros, sons, gargalhadas, só de pensar que tenho um baú cheio de vida.     

beijo Rita

[e no engenho? e no curral? e a porteira? e as tanajuras? Ha!, Francisco. 

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