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Sandra Regina Sanchez Baldessin

Sent: Sunday, May 25, 2003 11:33 PM
Subject: Oficina do fazer Saramago

 

Ai poeta, que inventaste um jeito de matar a gente assim, devagarinho, afogada à beira das tuas palavras...
Lembrei-me de tanta coisa. Por um particular motivo, que um dia qualquer elucido, lembrei-me do defunto jogado na cova do profeta Eliseu, mortinho e enterrado há tempos; mal tocou o corpo morto do profeta, ressuscitou.

A tua escrita ressuscita coisas na gente. É rede de pescar homem. Sempre que começo a ler os teus textos eu sei que vou ser 'fisgada' pelo imenso prazer da significação, da produção de sentido... Porém, esse, me faz te dizer: Francisco, teu passarinho está aqui.
Beijo, beijo.

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Carlos Figueiredo da Silva

From: CF
Sent: Sunday, May 25, 2003 2:30 PM
Subject: Re: Oficina de poesia


Caro Soares Feitosa,

 

Vou comprar e ler se não hoje, amanhã. Aquele negócio de fé e infância não é dele mas é poesia também, da verdadeira. 

Outra coisa: fiqei seduzido pelo baião de dois. V. pode me mandar uma receita?

Um abraço e obrigado.

Carlos Figueiredo

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Laeticia Jensen Eble

Sent: Wednesday, May 28, 2003 5:22 PM
Subject: Oficina

Caro Feitosa,

fico feliz sempre que recebo seus e-mails; vêm e se instalam dentro de mim como um sininho a não deixar adormecer minha alma de poeta que, de alguma forma, acredito ter. Sou antes de mais nada apaixonada, não pela vida, mas pelo que ela me conta nas entrelinhas, ou pelo que me permite ver do que não mostra.

Por um lado, estou em estado vegetativo, meio alienígena, sem conseguir (re)pousar a mente.

Sofri recentemente uma perda insubstituível.  Minha mãe se foi por culpa de um câncer que corroeu a todos nós. Isso mudou minha vida para sempre.  É como se minha vida tivesse sido chutada de uma freqüência de vibração para outra.  Ainda estou me acostumando... E o lugar do chute ainda dói muito...

Por outro, estou em fase de completa absorção. Como sabe, sou aluna (e apaixonada) de Letras.  Por uma questão de ótica, quanto mais apreendo da grandiosidade dos poetas de outrora, mais me acho incapaz e medíocre - na verdade me coloquei de propósito e temporariamente nessa condição, para, por meio de uma auto-crítica e de um aprendizado valoroso, poder me aperfeiçoar.  É como um copo, que estou deixando encher até que derrame.

Foi muito interessante a leitura da "Oficina" de "Olha, Tomé, o teu pássaro foi-se embora!", além de saber como se deu o movimento para o "parto", fiquei conhecendo um pouquinho do seu movimento particular, que é também poético. Só lhe faço um apelo: pare de chorar a velhice, pois alguém com essa mente fabulosa, criativa, produtiva, jamais se acreditará velho. Você está, por assim dizer, amadurecido e, graças a essa maturidade, é capaz de ofertar frutos dulcíssimos àqueles que chama de jovens.

Mas vamos parar de conversa fiada que eu quero mesmo é a receita do sorvete de maracujá! Quase desmaio só de pensar em sorvete...  Preciso urgentemente ficar amiga da sua esposa!  Meu marido já sabe, quando quer conseguir algo de mim, é só me chantagear com sorvete. Eu não resisto.

Aproveito o ensejo para comentar a minha impressão sobre o artigo "O lirismo envergonhado" de Affonso Romano de Sant`anna.  Aquilo foi um direto de direita no estômago do Haroldo de Campos, não foi? 

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