Zeferino Brasil
Zelos
					De leve, beijo as suas mãos pequenas,
					Alvas, de neve, e, logo, um doce, um breve,
					Fino rubor lhe tinge a face, apenas
					De leve beijo as suas mãos de neve.
					Ela vive entre lírios e açucenas,
					E o vento a beija, e, corno o vento, deve
					Ser o meu beijo em suas mãos serenas,
					— Tão leve o beijo, como o vento é leve.. .
					Que essa divina flor, que é tão suave,
					Ama o que é leve, como um leve adejo
					De vento ou como um garganteio de ave,
					E já me basta, para meu tormento,
					Saber que o vento a beija, e que o meu beijo
					Nunca será tão leve como o vento.. .
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