Ymah Théres

Estudos

I Vosso o ventre, vossa a mesa, vossa a escolha e o meu amor. Vossos todos os perfumes que vos dei - bandeja em flor. Vosso o riso e vossa a hora de meu gosto e meu penhor. Vossas, neves que já tive, vossos, beijos, meu senhor. Que andarilhos sonhos gastos vos visitam, de onde vou: minha busca, meu silêncio, meu olhar de solidão, minha sede de água pura, minha mão em vossa mão. II

Escorre do meu ventre a lassidão do viver. (não foi ontem nem hoje: é de sempre o cansaço de estar ausente do rumo dos faróis). Escorre, como uma lava, e faz sulcos no rosto e nas mãos: migalhas mortas de uma fome velha, de brinquedos esfarinhados no fundo do baú. No entanto, como acender as lanternas, na noite soturna, que alimentem, de secreto abismo, rosas temporãs?


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