Vitor L. Mendes

Solidão

Todos os dias, ao cair da noite, A solidão vem e deita-se ao meu lado. Fico observando, calado. Ela acende um cigarro e, silenciosamente, Brinca com os desenhos que a fumaça descreve no ar. Seus movimentos lentos, sua indiferença. Seu rosto é pálido e seu olhos parecem estar fitando Algum ponto além das paredes do quarto. Percebo que ela é bonita... O que estará ela pensando? Jamais vou saber (...) Mas o que importa? Ela está aqui. Como estará também no outro dia - quem sabe? Acho que aprendi a gostar dela, como uma doce companhia. Se ela demora a chegar, fico impaciente - Quem diria? Se não vier, me sentirei só...


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *