Salette Tavares


Amor Silêncio

Amor silêncio amargo a roçar-me a morte grito partido do vidro sobre o peito ilha deserta no meio das capitais do norte grilhetas ajustadas no rio em que me deito. Distância cumulada remanso duma espera ponte de aventura do dois à unidade amor brilho raiando a chave do desejo minuto adormecido ao pé da eternidade. Amor tempo suspenso, ó lânguido receio, no pranto do meu canto és a presença forte estame estremecido dissimulado anseio amor milagre gesto incandescente porte. Amor olhos perdidos a riscar desenhos em largo movimento o espaço circular amor segundo breve, lanceta, tempo eterno no rápido castigo da lua a gotejar.


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