Silvestre Péricles de Góes
Monteiro

Onze anos depois

Onze anos são passados. Nas campinas verdes da estâancia há sombras perpassando: sonhos, visões, lembranças e as divinas inspirações de outrota, soluçando. Frondeja o cinamomo, no odorando calor da primavera. Suaves, finas, as suas flores ficam arroxeando aquelas solidões e as nossas sinas. Entro na casa. O sol fulgura. Mas, dentro de mim, há frêmitos dolentes de incertezas, saudades e ternuras. Surges, por fim. No teu olhar sem côres releio o meu destino: estão presentes nossas recordações e nossas dores. * Lavras do Sul: novembro de 1941 .


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