Ruy Pereira e Alvim

Monólogo em Noite sem Estrelas

Da pátria chegam as noites como semáforos vermelhos a interromper o caminho por onde me afoito. E o jogo de palavras percorre o tempo à procura de um sonho entorpecido. O continente esvazia-se e flutua sobre pélagos gelados: só contém loucura e sonhos sufocados. Emergem estranhos arquipélagos de um estranho rito de anjos mascarados. As estrelas apagam suas luzes e o céu dorme às escuras na longa noite sem poemas.


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