Regina Souza Vieira

Ternura
  
 
Não quero parar o verso, 
a estrofe nem o poema 
Da poesia, eu só quero 
a doçura de Iracema 
“Virgem dos lábios de mel” 
Só quero aquelas palavras 
Vindas em chuva do céu 
simples, claras e fluentes, 
almas expostas ao léu. 
Quando findar a lauda, 
tomareiu d’outro papel, 
d’outro maço, d’outros poemas 
e falarei por sememas 
quem sabe, criarei semas 
com idéias vindas 
lá do céu ou de bem longe 
e transformadas em flores 
Numa folha branca de papel.
                                                                     

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 Página atualizada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  15  de  Junho  de  1998