Ricardo Madeira

Em Vales Encantados

O rio parou E perguntou À bela princesa (que na margem Olhava o reflexo da sua imagem) O porquê das suas lágrimas. Depois continuou E dias depois voltou Carregando na sua corrente Mensagem de teor urgente Enviada pelo príncipe. Milhares de flores, Mil dores e amores, Orquídeas, papoilas e rosas Que flutuavam vagorosas Desde destino longínquo. E uma sublime doce canção Atravessou os vales encantados Serpenteando entre o silêncio Daqueles bosques perfumados.


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