Ricardo Madeira

Em Pântanos Esquecidos

Vejo fétidos seres disformes Movendo-se em pântanos esquecidos, Vultos nas brumas do mistério, Sonhos para sempre perdidos. Aqui vêm afogar a sua luz Estrelas que do céu se desprenderam, Tentando agora esquecer Uma vida que nunca viveram. Fétidos seres disformes, Urrando ao vento sinfonias de tristeza, Malévolas melodias de tão rara beleza, Notas obscenas numa estranha cadência, Majésticas vibrações de dor e violência. Estralhaçando corações como uma seta, Esta sua obra magna nunca se completa, Há sempre novas notas de agonia da dor, A implacável dor com o nome de amor... Sou a luz que tu roubaste, O sol que não voltará a brilhar, Num destino sem saída, Sem ninguém a quem rezar. Renuncio ao meu coração, Aquele que finges não ver, Prefiro a mesma escuridão Onde as estrelas vão morrer. Atravesso fronteiras desconhecidas, Caindo sem nunca poder parar, Não sei para onde vou, Estou ansioso por lá chegar. "The moon is red and bleeeding, The sun is burned and black, The book of life is silent, No turning back..." -Iron Maiden


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