Rosemary da Costa Ramos 

Colheita
 
Fico olhando
esse jardim.
Não sei.
Parecem um mar
essas flores...
em exato tempo
de colheita,
de noite.

De repente, a tesoura
a tilintar espectros
de corolas,
e apenas os talos
remanescentes,
remansosos,
como corais
no fundo do mar.

Ah! esse jardim
que era ou foi
o recado de néctar
perdido,
revisitado em minhas retinas.

 
     

[ ÍNDICE DO POETA ][ PÁGINA PRINCIPAL ]
 
 
 
Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  03 de dezembro de 1997