Rose Alves

Fogo
                             
                
               
Amo-te
com um amor febril
que queima e consome
meu ser.

Se o maior enlevo do fogo
e consumir-se,
assim é o meu amor.
Precisa doar-se, entregar-se
ao fogo dessa paixão
onde seu toque,
seu olhar
é a lenha,
a brasa
que queima e alimenta a chama.

Mas o fogo extingue-se,
apaga-se; o calor se esvai,
torna-se cinzas.
Precisa, portanto,
ser alimentado
com o combustível da paixão.

Só assim
será eterno,
único, pois esse fogo
aquece,
incendeia e ilumina
nossas vidas,
nossos sonhos
nessa estrada peregrina dos mortais.

                                           
                                          

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  13  de  Agosto  de  1998