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Atualizado em 18.01.00
Novidades da semana
 
Responsável:
Soares Feitosa
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Onévio Zabot
Rua Eugênio Wolter, 96 – Bairro Costa e Silva – Joinville/SC
CEP  89217-440,   Fone  0XX47-4736764 ou 047-9846379
Zabot@expresso.com.br


Uma notícia biográfica

Poesia:

  1. Manhãs 
  2. Veleiros de papel 
  3. Peixe
  4. Saga poética em dois movimentos
  5. Mãos
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Onévio Zabot
Onévio  Antônio  Zabot
24/1/53, Joaçaba, hoje  Herval do Oeste,  Santa Catarina.

Formação profissional – Eng. Agrônomo/UFSM/RS/1978 –Direito/ACE/Joinville/SC1991 

Extensionista Rural da ACARESC/EPAGRI/SC, 
Presidente da Fundação Municipal 25 de Julho/Joinville, Diretor da CIDASC/SC/Florianópolis, Presidente da CEASA/SC, Gerente Regional da EPAGRI/Joinville, Secretário  da Agricultura e Meio Ambiente de Joinville/SC, atualmente Secretário Distrital de  Pirabeiraba, em Joinville/SC.

Outras atividades: 
ex-presidente da Fundação Pedroso Horta/Joinville.

Participações/Prêmiação/poesia 

  1. Poema: Ballet Espacial – Menção Honrosa(3º. lugar) - 115 aniversário de Santa Maria/RS/1973
  2. Prêmio Silvio Castro – Poema:  Veleiros de Papel (3º. lugar) - Revista Poesia Para Todos -  Galo Branco Edições/RJ/ março de 2000.
  3. Prêmio Evilásio Nery Caon – Poema: Manhãs (2º. lugar) – OAB/CAASC – Florianópolis/SC/2000.
  4. Prêmio Lindolf Bell – Poema: Saga Poética Em Dois Movimentos (9°. lugar) – Timbó/SC – 11/2000. 
Coletâneas/Poesia/Livros/publicações: 
  1. Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil/Shan Editores/Porto Alegre/1999
  2. Timor  Esperança   - Shan Editores/Porto Alegre/2000
  3. Novos Rumos  - Série Internacional – Shan Editores Porto Alegre/2000
  4. Poesias de Advogados  - OAB/SC  Editora – Florianópolis/2000 
Obra Publicada
  1. Arco de  Pedra  - Poesia - Editora Letra D’Ägua/Joinville/2000.
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Onévio Zabot
MANHÃS

Áspera é a manhã. Faca de corte,
romã  de sete cores partida e fresca.

Em sua sina de pássaro insano,
a  manhã nunca foge de ser manhã.

Doa-se  em  pele de pêssego,
licor rubro em tempo real.

Manhãs e manhãs construídas
em alvorada, verde e azul.

Manhãs de tragédias romanas,
de César a caminho da Gália

Manhãs de cabras mansas,
de ondas a galope no mar.

Manhãs de ontem,  hoje e sempre,
de colher tulipas na Holanda.

Manhãs de navegar
nos mares da Austrália.

Manhãs da infância
em berço de claro algodão.

Todas as manhãs se parecem
ao acolher o sol na lanterna dos dias,

ao  despertar as serpentes
e  aquecer os filhotes de águias nas escarpas.

Claras manhãs de fé,
onde semeamos  descalços pelos campos. 

Que sejam  eternas as manhãs,
assim como são eternos os dias.
 

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Onévio Zabot
PEIXE

Cristalino, o peixe
navega entre retinas, 
no arremesso das águas. 

Há um matiz  
inventado em azul e verde:
um amarelo pingente.

Igual flecha,
desenha no perfil das águas
as  cores do dia.
 
O peixe como a ave
navega na luz,
frágil e refratária. 

Entre o caminhar
do  homem, e o vagar do peixe,
não há distância.

Ambos se entreolham,
em longas viagens,
por espelhos oblíquos.

No tempo do mundo,
- lagos e mares e rios -
há um lugar comum de navegar.

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Onévio Zabot

SAGA POÉTICA
EM DOIS MOVIMENTOS

I - O LENHADOR

Raio sonoro
fende a  imensidão
furiosa do lenho.

Cavacos erguidos
nos umbrais do tempo
sem escolha.

Inútil  apelo:
Ícaro tombado
no obstinado vôo.  

Ao transpor 
recônditas faces:
ecos de dentro,

setas  desferidas
à luz dos rochedos
de remota infância.

O lenhador lenha,
lenha o vento
que nunca será reposto: 

ossos de profeta,
- palmo a palmo - 
estivados na alma. 



II - A LENHA

Será o fogo
a  aquecer a alma?
Vaga-lume desnudo? 

Será o raio
que  rasga 
a selva imensa?

Ou a flecha fugaz 
à espera 
do improvável retorno?
 

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Onévio Zabot

MÃOS

As mãos que tratam o gado,
apanham nuvens nas noites de chuva
e enfrentam tormentas nas horas de solidão.

Sagrada são as mãos do pastor,
do laçador que boleia o laço 
e movimenta rebanhos por campos de trigo.

Sempre haverá mãos
prontas para o abraço dos desesperados
ou para evocar a fuga de leões marinhos.

Mãos que buscam anjos,
atraem sonhos de jovens cortesãs
no largo leito de núpcias.

Mãos que levam naves  pelo espaço,
que trazem estrelas
e as espalham  nos lagos e cisternas.

Mãos que apenas querem,
desvendar vias  por praias desertas,
pondo o mar no caminho das ondas.

Maior que nossos sonhos, 
todos os dias sentimos o rosto
preso entre as mãos,

Sentimos o corpo queimar,
arder em busca do sol,
onde repousam nossas mãos.

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Onévio Zabot
VELEIROS DE  PAPEL 

Há  no ar  uma sede
ferindo a alma dos pescadores,
roendo barcos
e velas em lance de rede. 

O homem pelas sebes 
Caminha, 
recolhendo estrelas
entre as mãos - no céu.

Nas ribanceiras,
crianças empalmam rios,
plantam neve nas colinas
em brancas  tendas de areia.

O cansaço dos  inocentes
põe pedras nos olhos,
fere  de morte os covardes,
desmonta velhas embarcações.

Se nada segues
pouco  vale o destino,
a  morte cavalga veloz
sempre a caminho.

O homem vive
de pescar o tempo:
ora em veleiros de papel,
ora em veleiros  de vento.

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