Oscar Rosas


Visão

Tanto brilhava a luz da Lua clara, Que para ti me fui encaminhando. Murmurava o arvoredo, gotejando Água fresca da chuva que estancara. Longe de prata semeava a seara... O teu castelo, à Lua crepitando, Como um solar de vidros formidando, Vi-o como ardentíssima coivara. Cantigas de cigarra na devesa... E, pela noite muda, parecia Cantar o coração da natureza. Foi então que te vi, formosa imagem, Surgir entre roseiras, fria, fria, Como um clarão da Lua na folhagem.


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