Orlando Neves


1954

Este rosto de hoje, assim triste, assim magro, é a memória. Estas mãos de hoje, assim vãs, asssssim frias, são o silêncio. Esta boca de hoje, assim branca, assim breve, é a ausência. Este olhar de hoje, assim ágil, assim mudo, é o cansaço. Este corpo de hoje, assim remoto, assim seco, é apenas um grito de socorro.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *