Manuel Sobrinho


Trovas

Amigos, quantos tiveres, Um por um te deixarão, Quando já não dispuseres De dinheiro ou posição... Se alguém se julga perfeito, A razão disso adivinho: Em si não busca o defeito Que descobre no vizinho. Do bem por ti desejado Não corras muito na pista: Na vida, o mais apressado Nem sempre é o que mais conquista És pobre? Sofres? Paciência, Põe no lábio um riso franco: Na roleta da existência Há muito número em branco... É pela dor procedida Do tombo que se levou, Que pode ser bem medida A altura a que se chegou.


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