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Max S. Moreira

<max_moreira@bol.com.br>

Uma notícia da autor:
  1. Biografia 

Poesia: 

  1. Decifração

  2. Memorial

  3. Fugace

  4. Oficina

  5. Gume

  6. Além mar

  7. Prateleira do poeta

  8. Artifício
     


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Max S. Moreira

Max Silva Moreira, é natural de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, Minas Gerais. Viveu a infância em Conselheiro Lafaiete e Juiz de Fora. Mudou-se para Belo Horizonte em 1978, de onde saiu após concluir a faculdade, para João Monlevade; retornando em 1998 à Belo Horizonte, onde reside atualmente.

Participou de Faces Várias, Antologia Poética, Cinter/Utramig – 1978; nos anos 80, editou o encarte de poesia Noves Fora, em Palavras & Imagens, jornal da FCH-FUMEC.

É membro do conselho editorial da revista eletrônica www.tanto.com.br e um dos fundadores da Editora Anome Livros.

Entende que a poesia merece registro e transmissão.


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Max S. Moreira

 Decifração

 

  

           I

 

Sobre esta mesa

nada é conforto,

tudo é pura reentrância

onde a luz e a poeira incandescem.

 

 

          II

 

Silêncio entre sílabas,

um verso notívago rumina

a alma negra de um poema

errante.

 

 

         III

 

Escuro rio

de escuras letras.

Será possível

ver-te a fundo nas entrelinhas ?

 


 


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Max S. Moreira

 

Memorial

 

 

Dos bondes da memória

rostos e casas desfilam sisudos,

parques, alamedas e velhas senhoras.

E uma tarde azul,

onde o Tempo, cansado,

atira milho aos pombos

no adro da Igreja Matriz.

  


 

 

 

 

 

 

 

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Max S. Moreira

          Fugace

 

       Vida :

         não existem mistérios

         somente aerólitos incendeiam

a densidade noturna

de minhas pupilas :

           abismos profundos

           onde encerro demônios

           e capturo a felicidade

           num milésimo de segundo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Max S. Moreira

 

Oficina

 

Colher  dos objetos -

as palavras


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Max S. Moreira

 

          Gume

 

Tender às bordas é uma sina.

Os limites,

ora estreitos limítrofes,

ora largo litoral,

inclinam-me.

 

Meandros confundem-se entremeios.

Entre o abismo e a orla,

pergaminho.

 

Ora a brisa, ora a água,

toca-me os pés.

 

Não-caminho, 

margeio.


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Max S. Moreira

Além mar

 

 

meu coração está sobressaltado.

investigo o motivo, e

não sei.

procuro entre minhas paixões

algo de novo;

percebo-as com alguma distância;

elas me acenam.

 

e uma disponibilidade táctil,

sem urgência,

se instala.

 

percebo que a espera

é que agira, e

diviso, longeperto, a praia

e a espuma revirando a areia;

areia suja de algas esquecidas.

 

sobrevivente,

da amurada, saboreio a Espera,

como quem, faminto,

se deleitasse com os preparativos da ceia.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Max S. Moreira


A prateleira do poeta

                                                                                  

A prateleira do poeta

é também sua máscara.

Repertório de reminiscências,

personagens, citações.

Um fio com que ele tece

a trama de seu memorial.

 

Observe-se seus gestos,

seus dentes amarelados

de café, nicotina e vocabulário,

de sonhos desfeitos e refeitos

nas narrativas

 

( caravanas na noite insone  )

 

quando sonhos emergem

como ele mesmo,

herói entre os escombros,

dentre a poeira dos livros, emerge,

recolhendo palavras

para recompor a

história.

  

                                                                               


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Max S. Moreira

Artifício

 

 

 

Embora sejam vastas as paixões,

 

Só a poesia me consola

quando a solidão me namora.