Maria Firmina dos Reis 

Ela!
 
(A pedido)

Ela! Quanto é bela, essa donzela,
A quem tenho rendido o coração!
A quem votei minh'alma, a quem meu peito
Num êxtase de amor vive sujeito...
Seu nome!... não - meus lábios não dirão!

Ela! minha estrela, viva e bela,
Que ameiga meu sofrer, minha aflição;
Que transmuda meu pranto em mago riso.
Que da terra me eleva ao paraíso...
Seu nome!... Oh! meus lábios não dirão!

Ela! virgem bela, tão singela
Como os anjos de deus. Ela... oh! não,
Jamais o saberá na terra alguém,
De meus lábios, o nome que ela tem...
Que esse nome meus lábios não dirão.

         
[ CANTOS À BEIRA MAR, São Luís do Maranhão, 1871, pags. 69-70 ]
   
 
Remetente: Marlene Andrade Martins
 

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  02 de dezembro de 1997