Mário Estanisláu

Extremo Adeus
                                                          
                                  
Que hora aquela, ó céus! Que quadro triste!
A vela... o terço... a cruz... a dor imensa...
Dos pobres filhos. Mãe, te despediste,
Deus te chamava à Paz; à recompensa!

Não mais te ouvir a voz tão doce e calma
Nem mais fruir o teu olhar materno,
Duro é demais... É dor que nada acalma,
Não fora a fé no bem, no amor, no Eterno.

E aquele beije que a hora extrema,
Te depusemos sobre a fronte fria,
De mágoa infinda, é o filial emblema...

Leva-o contigo, ó Mãe tão santa e boa,
E lá do Céu, com a outra Mãe-Maria,
Vela por nós, sorri, nos abençoa.

                       
                                     
                                                                     
Remetente: Walter Cid

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 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  28  de  Maio  de  1998