Maurício Uzêda


Torrente

E quando ao turbulento rio desse meu desejo Você abriu seus braços Tornou-se minha paixão remanso E a corrente que até então revolta Carregava as minhas margens E tristemente se fechava em charcos Vi tornar-se água clara Transparente e viva Fecundando os campos Serenamente Se dirigindo ao mar.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *