Maurício Arruda Mendonça 

Ela  Ébria 
 
Ela ébria lambia o sereno 
o lábio em lua 
sobre as pétalas de setembro 

Mas eu,bebendo água da chuva 
sabia ser mel seu absinto 
todos os símbolos de um sim 

Toco as sombras 
com meus dedos de videira 
tateio o erro a vida inteira 

Culpa ao cimento da saliva, 
palavra que não vai a parte alguma, 
se alguma me escapou, partiu vazia.

  
Remetente: trajano@cwb.palm.com.br

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