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Maria Rosolem Sanches 

 

Poussin, The Exposition of Moses

 

Ensaio, crítica, resenha & comentário: 

 

 

 

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Poussin, Rinaldo e Armida

 

 

 

 

 

Maria Rosolem Sanches


Estudos & Catálogos - Mãos,

de Soares Feitosa

 

Já posso morrer feliz!

Fui chamada de poeta não sei porque Não sei quem me encontrou ou me indicou. Ainda mais com o meu nome de solteira (Rosolem), quase desconhecido por aqui. Só sei que recebi pelo correio um pacote amarelo, aberto, com um tesouro dentro dele. Um longo prefácio que as pessoas das fotos o chamaram de livro (o livro). Inclusive eu, na minha pobre ignorância o entendi como um livro. Um livro com aparência da sagrada escritura. Uns lêem ao pé da letra e tem fé. Outros lêem tirando conclusões entre o dito e o contradito e tem fé. Porém, chegam todos ao mesmo Deus. Precisei ler 2 vezes pra entender e só compriendi com a ajuda das pessoas das fotos, pois tais pessoas com certeza são verdadeiramente poetas e portanto grandes leitores. Eu, não! Sou matuta, roceira, as vezes até chamada de Mãe Sertaneja, por gostar muito de música sertaneja. Dado a posição geográfica (Paraná) tive muita dificuldade em distrinchar o linguajar rico e próprio que até nos embriaga, tanto do norte-nordeste como do extremo sul, os gaúchos. Paraná já é bem mais misturado. Mas, eu adorei como eu adorava “Chico City” por causa do sotaque e dos trejeitos da arte nordestina.

Fiquei zonza ao ser chamada de poeta. Como disse o sêo minino lá no livro do poeta, "Eu?!" Fiquei zonza com tanta sabedoria do senhor Soares Feitosa e assim nessa zonzeira fico envaidecida por demais, sem entender o que está acontecendo. Será que estou deslumbrada? Nunca fui tratada de poeta ainda mais pela pessoa de um poeta mestre.

Muito obrigada senhor poeta escritor Soares Feitosa. 

Talvez, se me permitir, escreverei uma outra carta pedindo um parecer que necessito de pessoas do meio (bota meio nisso !) que me esclarecerá num ponto negativo que é o inverso do conceito pelo qual fui contemplada com um envelope amarelo, aberto que chegou no correio, no meu endereço com meu nome de família como se fosse um sol ao meu dispor, tezouro.

Como se isso tudo não fosse um sonho.

Como se eu fosse realmente poeta, deixo aqui para o senhor o meu abraço, junto com um grande obrigada pela diferença a mim dirigida, uma escrevedora de mensagens simples e de caligrafia torta (como se vê) hoje, apenas uma deslumbrada mulher da terra.

Maria Rosolem Sanches ou Mãe Sertaneja.

Jesuítas, 8 de Junho de 2004