Maria Alberta Menéres


Água-Memória

Que súbita alegria me tortura alegria tão bela e estranha tão inquieta tão densa de pressentimentos? Que vento nos meus nervos que temporal lá fora que alegria tão pura, quase medo ao silêncio? Pára a chuva nas árvores pára a chuva nos gestos, interiores contornos divisíveis distâncias ultrapassáveis gritos que alegria no inverno, que montanha esperada ou inesperado canto?


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