Lucy Teixeira


Elegia Fundamental

Metamorfose, os fundamentos de tua lógica são cimentados de lâminas vivas, Voraz, Vastíssima, cujos pé não vejo, as tuas normas em que ventre ou motor se organizaram?, pura dilaceração continuada. Obsessão cantando o seu nome ininterrupto, nunca verei a tua face, negra e fulgurante, vagarosa e veloz, impiedosa coisa inabalável que me namora a coisa mais esplêndida; ainda não, prestidigitadora, a divertir-se já com o que me foi suave raiz cujo perfume queimo neste campo onde se luta uma lembrança. Começa o teu sigilado festim, enquanto as correias do ar, sustentam o pavilhão onde ficamos cada vez menos acariciados e gradualmente aturdidos. Começa o teu discurso, dragão, e cresta, e cresta onde em nós é que dói. ......................................................... Pela manhã ergue-se o ervatário indo colher no campo vagas ervas medicinais. Colhe a luz do teu sorriso, plantador cujas mãos, cobertas de anéis de areia agora possuem a Terra.


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *