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Atualizado em 13.01.01
Novidades da semana
 
Responsável:
Soares Feitosa
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Carioca, fez Medicina na Uni-Rio e atualmente cursa Direito na UVA . Membro da APPERJ, SEERJ, ABRACE e APALA. Assina a Coluna Poetando no periódico Ação Cultural. (Janeiro de 2001).
Luciene Miranda
luciene.miranda@bol.com.br
Poesia:
    1. Manifesto de amor
    2. Declaração
    3. Anjo caído
    4. Os seqüestradores
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Luciene Miranda
Manifesto de Amor

Sentimento que assola o coração
Bombeando-o logo com tanto ardor
Que veias inunda de prazer, calor
Caleidoscópio pleno de emoção.

Inflama com fagulhas da paixão
O claustro deste corpo sem valor
Ornando minh’alma com este amor
Expondo-a em prol desta sensação

Que implora por total liberdade
Suplica só um momento de alegria
Expressão fugaz da doce verdade

E que escondo de ti com tal maestria
Que a vã esperança de felicidade
Eclode nos versos desta poesia !
 

                  RJ, março de 1999.

[Poesia vencedora do Concurso Nacional e Internacional /EVSA – Categoria Poesia de Amor/ Troféu Poeta Nuno Álvares.]
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Luciene Miranda
ANJO CAÍDO
 
Ao Vate das Brumas

Sentado na janela
Feito um anjo caído
Tu recitas versos góticos
Cínica e paulatinamente
Desafiando os ouvidos
Dos que se julgam puros
Mas são parte
Da podridão que te rodeia
E que se impõe
De forma factível
Enquanto escondes sob tuas asas
Lágrimas ... que são vertidas
Por alguém que dizem louco
Mas que é anjo ...
E poeta!
 

                              RJ, 2000.
 
 

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Luciene Miranda
                  Declaração

Hoje resolvi fazer uma declaração
Embora invada-me a face fugaz rubor
Escrevo corajosamente com ardor
Revelando segredos deste coração...

Oh, indomada e utópica sensação
Provocando intensa, forte, pungente dor
Transmutada no  imo de minh’alma em amor
Refratado nos versos meus com emoção.

Meu viver agora é inerente alegria
Dominado pela esperança mais pura
De poder tocar-te, amado meu, um dia.... 

E farei-te então a mais augusta criatura,
O muso eterno de toda minha poesia !
Aos teus pés, querido, eternizo esta jura..

 

                      Publicado no Ação Cultural/RJ/2000
 

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Luciene Miranda
                     Os Seqüestradores

[Inspirado em Portinanari]


Os seqüestradores receberão o resgate da nau
Naufragada. Da madeira extinta e da raça
Espoliada e dos vandalismos. Do canto das aves
Do genocídio cruel. Das tormentas e dos tratados.

Dos espaços invadidos. Da dor de um povo
Das chibatas na carne e dos versos tristes.
Das rosas murchas sob a aridez da terra
Das cores das moças e moços.

Das plantações irrigadas com sangue. Dos sem terra e
Sem sonhos. Das enchentes anunciadas e
Da cólera. Quem pagará? Os seqüestradores irão saber
Dos pobres e miseráveis que estão sempre

Na espera, espera nas filas de hospitais.
Nas filas dos bancos, filas dos desencantos
Das lágrimas de sofrimento e transfusões contaminadas
Nas filas de desemprego e nas filas de pedir emprego...

Mas receberão o resgate da lama. Das metralhadoras.
Dos membros amputados, dos sonhos partidos, das balas
Perdidas. Da gente morta e extorquida. Da gente viva.
Dos tiros chacinando vivos.

Chacinando crianças velhas e velhos jovens.
Mães e filhas... Receberão o resgate das garças
Afundadas no óleo. Dos alimentos podres e da fome anunciada
Dos planos maquiavélicos. Dos odores pútridos.

Das janelas e portas fechadas. Das grades de ferro.
Da morte chegando. Dos gritos e angústias só
Conhecidas dos seqüestrados... Receberão o resgate do
Pó soprado sob a flor da inocência ...
                           
[Poema classificado em dezembro de 2000 no II Festival de Poesia do SEERJ/RJ]
 

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