Luís Amaro


Bairro

Em teu corpo enfim repousarei Das pedras ásperas Que mal sei pisar? Das guerras, dos cilícios, Dos ecos a doerem nos ouvidos Como pedradas. E dos tédios que sangram? Ah, finalmente Ao desfolhar teu corpo desfolhado — Mas inda fresco e belo — A vida será minha?


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *