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Atualizado em 25.02.01
Novidades da semana
 
Responsável:
Soares Feitosa
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João de Jesus Paes Loureiro 
<paesloureiro@yahoo.com.br>
Bio-bibliografia

Poesia

  1. O Poeta
  2. Poema
  3. Da antologia Fui eu


Ensaio

Fortuna crítica

  1. A obra completa de JJ Paes Loureiro: José Neumanne
 
 
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João de Jesus Paes Loureiro 
O autor:

João de Jesus Paes Loureiro nasceu em Abaetetuba, cidade paraense situada à margem do Rio Tocantins, em 23 de Junho de 1939, onde passou a infância e adolescência e realizou seus primeiros estudos. Em Belém do Pará, cursou a Faculdade de Direito e a Faculdade de Letras, Artes e Comunicação, na Universidade Federal do Pará. De 1964 até 1976, em decorrência de sua poesia, militância política e idéias democráticas, foi perseguido e várias vezes preso pela ditadura militar, sofrendo torturas, graves perseguições e privações de oportunidades profissionais. No final da década de 70 tornou-se, por concurso público, professor de Educação Artística na Escola Técnica Federal do Pará e de História da Arte, Introdução à Filosifia e, depois, Estética Cultura e Comunicação, na UFPA. Tornou-se Mestre em Teoria Literária e Semiologia, pela PUC de Campinas em 1984 e Doutor em Sociologia da Cultura pela Sorbonne, Paris, França, em 1990. A partir de 1983 exerceu as funções de Secretário Municipal de Educação e Cultura de Belém, Superintendente (e criador) da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Secretário de Cultura do Pará, Secretário de Educação do Pará e, atualmente, Presidente ( e criador ) do Instituto de Artes do Pará.



 
 

Escrituras Editora lança
OBRAS REUNIDAS
de JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO

A Escrituras Editora, Prêmio APCA 99 (Associação Paulista de Críticos de Artes) – Melhor Produção Editorial em Literatura, está lançando OBRAS REUNIDAS, de JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO.

Obras Reunidas, de Paes Loureiro, é um marco significativo para a poesia da Amazônia e também do Brasil.
Sendo um poeta que também teoriza sobre a poesia, nesta reunião se corporifica toda uma poética de Paes Loureiro, original, inventiva, mítica, universal. Uma verdadeira encantaria da linguagem, como, nessa poética, ele mesmo conceitua a poesia.

A obra é composta por quatro volumes encadernados em capa dura e acondicionados em luxuoso estojo.
 
 

Volume 1
Assunto: poesia

A trilogia poética Cantares Amazônicos é constituída pelos livros: Porantin(o mundo das origens, o mundo encantado na linguagem mítica), Deslendário (o mundo amazônico corroído pela violência que destrói o homem e degrada a inocência lendárica da cultura) e Altar em chamas (a temática urbana, seus conflitos e reminiscências do campo e a introdução da modenidade poética na literatura amazônica)
Prefácio: Benedito Nunes
 

Volume 2
Assunto: poesia

A poesia de Paes Loureiro, ainda que motivada pela cultura e história social da Amazônia, revelando a visão universalizada do ribeirinho, abre-se também para temas universais e recorrentes da poesia e do mundo. O grande domínio das linguagens poéticas, seja da tradição lírica ocidental, seja das experiências modernas e mesmo das vanguardas, garante às obras reunidas neste livro uma posição entre o que há de mais significativo na poesia de nosso tempo.
Prefácio: Fábio Lucas
 

Volume 3
Assunto: teatro / poesia

O teatro de Paes Loureiro tem sempre uma fundamentação poética e alegórica. Inspirando-se em questões decorrentes de conflitos sociais e históricos é, de certa maneira, um teatro épico que constrói uma fascinante alegoria do mundo amazônico como palco das questões universais do amor, da liberdade, da utopia. A segunda parte deste livro é formada por ensaios sobre poesia e cultura amazônica. 
Neles, pode-se ter uma compreensão da estética de Paes Loureiro, sua visão de mundo, seu humanismo, sua vivência poética compreensiva e essencial.
Prefácio: Octavio Ianni
 
 
 

Volume 4
Assunto: poesia

Cultura Amazônica: uma poética do imaginário é a tese de doutoramento de Paes Loureiro, elaborada na Sorbonne-Paris, sob a orientação de Michael Maffesoli.
Apresenta uma análise da cultura amazônica sob o ângulo dominante de uma poética advinda do imaginário. O mais importante conceito formulado, além do imaginário poetizante como o ponto vélico da cultura amazônica, o de conversão semiótica – processo de mudança na qualidade do signo no movimento de deslocamento de sua função dominante.
Prefácio: Michael Maffesoli
 
 
 
 

Obras Literárias:

· Tarefa: Pará: Falângola, 1964.
· Cantigas de amar de amor e de paz – poesia. Belém: Graf. Globo, 1966.
· Epístolas e Baladas – poesia. Belém: Grafisa, 1968.
· Remo Mágico – poesia. Belém: Graf. Sagrada Família, 1975.
· Enchente amazônica – poesia. Separata publicada pelo Conselho de Cultura do Pará, 1976.
· Porantin: poesia, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
· Deslendário: poesia, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
· Pentacantos: poesias. São Paulo: Roswitha Kempf, 1984
· Cantares Amazônicos: poesia. São Paulo: Roswitha Kempf, 1985.
· “O Ser Aberto”. Belém: Cejup, 1987.
· Romance das três flautas ou de como as mulheres perderam o domínio sobre os homens: poesia. Tradução para o alemão de Hildegard Fauser-Werle. Ed. Bilíngüe. São Paulo: Roswitha Kempf, 1987.
· O Poeta Wang Wei ( 699 – 759 AD ) Na visão de Sun Chin e João de Jesus Paes Loureiro: poesia. Ed.Bilíngüe. São Paulo: Roswitha Kempf, 1988.
· “Artesão das Águas”. Belém: Cejup/Universidade Federal do Pará, 1989.
· Iluminações/Iluminuras: poesia. Tradução para o japonês Kikuo Furuno. Ed.Bilíngüe Roswitha Kempf, 1988.
· Altar em chamas e outros poemas. São Paulo: Cejup Cultural, 1989.
· “Elementos de Estética”. Belém: Cejup, 1989.
· Cinco palavras amorosas à Virgem de Nazaré: poesia. Belém: Cejup Cultural, Belém-PA, 1989.
· Tarefa: poesia. feed. Fac-similar. Pará: Falângola, 1989.
· Erleuchtungen/Malereien (Iluminações/Iluminuras). Tradução para o alemão Michael V. Killischh. Munique: Horn, 1990.
· Cantares Amazônicos: coletânea de poemas. Ed.Bilíngüe. Português e Italiano, lançado em L’Aquila, Itália. Pará: Falângola, 1990.
· Cantares Amazônicos. Berlin, Alemanha (em português e alemão), 1991.
· “Cultura Amazônica – uma poética do imaginário”. Belém: Cejup, 1991.
· Un Complainte pour Chico Mendes. Tradução Lyne Strouc. Foire International Terres de L’Avenier-CCFD. Paris, França, 1992.
· “A poesia como encantaria da linguagem – Hino Dionisíaco ao Boto”. Belém: Cejup, 1992.
· Altar em Chamas: poesia, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1992.
· “Belém. O Azul e o Raro”. Belém: Edição de Violões da Amazônia, 1998.
· “Pássaro da Terra”: teatro. São Paulo: Escrituras, 1999.
 

Poemas inclusos nas seguintes antologias:
 

Literatura Brasileira em Curso. Seleção de Riedel, Dirce: Bloch Editores, 1968.
II Brasile Atraverso La Poesia: Seleção de Savino, Mombelli. Milão, Itália: AVE, 1969.
Antologia da Cultura Amazônica. Amazônia Edições Culturais Ltda, Vol. 2, páginas 333/335.
Poemas publicados na revista Gaceta do Instituto Colombiano de Cultura, 1982.
Poemas publicados na revista Religião e Sociedade. Rio de Janeiro, Brasil, 1983.
Gesange des Amazonas: Poemas/Gedichto. Berlim DIÁ, 1991.

Outros trabalhos:

Inventário cultural e turístico do Pará. Funarte/Idesp/Cecult. 
Proposta Modular de Educação e Cultura – SEMEC. Cadernos de Cultura, 1985.
Proposta Contextual de Educação Infantil – SEMEC. Cadernos de Cultura, 1986.
Projeto PREAMAR: O Pará e a Expressão Amazônica – Boletim da Fundação Cultural “Tancredo Neves”, 1996.

Discos:

Disco com músicas de sua autoria – Escorpião/Rosembi, 1974.
Até a Amazônia  - músicas com Quinteto Violado. Rio de Janeiro, Phonogran, 1975.
Rostos da Amazônia – poesia, com Sebastião Tapajós ao violão. Rio de Janeiro, Phonogran, 1985.
O Rei e o Jardineiro – com Quinteto Violado. Produção independente, 1995.
Belém. O Azul e o Raro – (para ler como quem anda nas ruas) Poesia e Música com Salomão Habib, 1998.
 

Obras Premiadas:

· Ilha da Ira. Primeiro Prêmio do Serviço Nacional de Teatro, Ministério da Educação, Rio de Janeiro, 1976.
· A Procissão do Sayrê. Inacen/MEC – Rio de Janeiro, 1977.
· Altar em Chamas. Prêmio de Poesia, pela Associação Paulista de Críticos de Artes – APCA. São Paulo, 1994.
· Romance das três flautas. Prêmio Jabuti. São Paulo, 1998.

RESUMO:

Gênero: literatura / poesia/ teatro / obras reunidas
Autor: João de Jesus Paes Loureiro
Edição: Estojo com 4 volumes – 1600 páginas 
Preço capa: R$ 96,00 

Contato editora: 
Carlos Furlan – 
(11) 5082-4190 

 
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JOSÉ NÊUMANE

[in O Estado de São Paulo,
07.01.2001]

A obra completa de João Paes Loureiro 
Como ocorre com muitos de nossos bons escritores, amazonense ainda é pouco conhecido 
 
Após recente visita a Fortaleza, o poeta e ensaísta Ivan Junqueira revelou-se, em entrevista publicada aqui no Caderno 2, bem impressionado com a qualidade da produção poética que lá encontrou. 
De fato, o Ceará de Adriano Espíndola, Floriano Martins e Alberto da Costa e Silva, já reconhecidos por aqui, é também a terra onde vivem Soares Feitosa, com seu site de 2 mil poetas em português, e Francisco Carvalho, que, mesmo tendo vencido vários prêmios literários no Sudeste, não conseguiu ver sua obra reconhecida além da divisa provinciana. 
Não é o único nem o Ceará, singular. Em Recife, um dos maiores poetas brasileiros vivos, Alberto da Cunha Melo, foi levado a lançar seu poema Yacala em edição limitada, distribuída entre 200 amigos, dividindo seu anonimato com outros da geração de 1965, como César Leal. 
De João Pessoa não saiu Sérgio de Castro Pinto, como em São Luís permanecem ocultos aos olhos da universidade e da grande imprensa José Chagas, Nauro Machado, Arlete Nogueira da Cruz e Luís Augusto Cassas. Se Ruy Espinheira Filho e José Carlos Capinan conseguiram eco além do Recôncavo Baiano, o mesmo não se pode dizer de Ildásio Tavares. Isso também ocorre com Luís Carlos Guimarães em Natal e Maria Carpi em Porto Alegre. 
Isolamento geográfico - Esse fenômeno da limitação à província também ocorre no Norte, onde parece, de certa forma, repetir o isolamento geográfico. É bem verdade que o amazonense Thiago de Melo ganhou reconhecimento nacional, mas o mesmo não se pode dizer de seu conterrâneo Aníbal Beça, festejado na Colômbia e na América Central, mas com sua sólida obra desconhecida dos estudantes de letras e dos resenhistas de jornais cariocas e paulistas. 
É o caso de João de Jesus Paes Loureiro, poeta, foclorista, ensaísta e dramaturgo paraense. Situado no calendário como membro da geração de 60, ele assinou como membro do Centro Popular de Cultura (CPC) de Belém o Canto Angustiado aos Plantadores de Cana, em 1962, dois anos antes de estrear com o livro Tarefa. 
Quase quatro decênios depois, doutorado pela Sorbonne, Paes Loureiro desembarcou na paulicéia desvairada como caudatário do desvario de outro visionário, o também poeta e editor Raimundo Gadelha, que fez uma aposta arriscada ao lançar no mercado uma caixa com quatro livros reunindo as obras do poeta paraense. 
Como tudo o que a editora de Gadelha, a Escrituras, faz, o pacote (Obras Reunidas, 1.600 páginas, R$ 96,00) é de invejável bom gosto gráfico e grande esmero editorial. Os quatro volumes são diagramados em tipos grandes e belos, impressos em papel encorpado e cheiroso e encadernado em capa dura de impecável design. 
O primeiro volume, apresentado pelo crítico também paraense Benedito Nunes, reúne o que se pode definir como "cantos amazônicos" do poeta, os 43 cânticos de Porantim (Remo Mágico, os 65 poemas de Deslendário e a obra diversa de Altar em Chamas. 
No primeiro livro, comparecem a consciência social dos tempos do CPC ("Rio/ de muitos nomes./ Ser/ de muitas formes e fomes", Cântico V) e o moderno apelo ecológico comparece com ecos clássicos ("Repete pranto meu/ pranto de Aquiles,/ Amazoníndia é morta em sua beleza", Cântico XIV) ou contemporâneos ("O corpo outrora cheio de piranhas / agora se devora de metanos", Cântico XXXIX). 
Ritmo do rio - Mas não se deve imaginar que um poeta sofisticado como Paes Loureiro se deixe levar pelo facilitário demagógico de um discurso meramente por sua correção política. Sua poesia pulsa ao ritmo do rio ("Não compreende a razão de sua pressa/ e/ no entanto/ corre", Cântico XXXI) e mergulha em seus fundos mistérios ("Rio de nenhum lugar/ aqui de tudo,/ o não ser compreendido é sua existência", Cântico XXIII). 
O rico e variegado folclore amazônico é o tema central das quatro peças de teatro que, completadas por ensaios, formam o terceiro volume, dedicando-se o quarto a seus estudos sobre sua região de origem. 
Em O Nativismo de Paes Loureiro, Benedito Nunes o situa como discípulo do poeta piauiense Mário Faustino, que, no Suplemento Literário do Jornal do Brasil, pariu a síntese da vanguarda estética com a poesia comprometida politicamente, com o poeta engajado, mas autônomo em sua arte, sem rebaixá-la ou instrumentalizá-la. 
Em Para Ler como quem Anda nas Ruas, que abre o segundo volume, Paes Loureiro mostrou-se aberto a novos códigos de linguagem, gravando em CD seus poemas acompanhados por um parceiro ao violão e também compondo algumas letras para cantar sua cidade, Belém. 
Esse poema é encerrado com uma estrofe na qual o poeta funde a cidade, o rio, seus mitos e sua flora: "Belém, na tua rede de mangueiras/ na verde solidão das altas horas/ o rio te põe no colo e te acalenta/ o rio te põe no colo e te apascenta/ o rio te põe no colo e te deflora".

          Por mais que se baste a cidade e caudaloso seja o rio, esta poesia não poderia mesmo escoar e se perder no oceano. Vale a pena ser editada e lida, pois tem um vigor e uma beleza que não são tão fáceis de encontrar mesmo na obra de poetas mais reconhecidos e bajulados pela crítica.
 
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