| De silabas de letras de fonemas se faz a escrita. Não se faz um verso.
 Tem de correr no corpo dos poemas
 o sangue das artérias do universo.
 Cada palavra há-de ser um grito. 
Um murmurio um gemido uma erecção
 que transporte do humano ao infinito
 a dor o fogo a flor a vibração.
 A poesia é de mel ou de cicuta? 
Quando um poeta se interroga e escuta
 ouve ternura luta espanto ou espasmo?
 Ouve como quiser seja o que for 
fazer poemas é escrever amor
 a poesia o que tem de ser é orgasmo.
 
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