José Carlos Ary Santos

Poesia-Orgasmo
 
De silabas de letras de fonemas 
se faz a escrita. Não se faz um verso. 
Tem de correr no corpo dos poemas 
o sangue das artérias do universo. 

Cada palavra há-de ser um grito. 
Um murmurio um gemido uma erecção 
que transporte do humano ao infinito 
a dor o fogo a flor a vibração. 

A poesia é de mel ou de cicuta? 
Quando um poeta se interroga e escuta 
ouve ternura luta espanto ou espasmo? 

Ouve como quiser seja o que for 
fazer poemas é escrever amor 
a poesia o que tem de ser é orgasmo. 
 

 
 Remetente:  Victor Almeida