Isabel Vilhena


A Árvore

O pequenino vegetal que agora Acabas de plantar, a vida encerra. Sob as carícias maternais da aurora, Ele há de erguer-se, em flores, sobre a terra. Plantaste o lume e o mastro das bandeiras, Plantaste o fruto, a sombra dos caminhos E o repouso das horas derradeiras!... Deste um novo aposento aos passarinhos! Plantaste o berço. E, assim, essa alegria Que à nossa vida todo o encanto empresta, E até mesmo, o perfume que, num dia, Hás de levar no lenço para a festa. E quanta coisa mais há de te dar, Pedindo em paga, apenas que a protejas! Sob as bênçãos do céu, a farfalhar, Tesouro vegetal, bendito sejas!


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