Gonçalo Soares da Franca


Soneto

Hoje que, remontada ao firmamento, Fênix pertende do Brasil a história, das flamas emplumar-se da memória, sacudindo os carvões do esquecimento. A vossa proteção o seu intento com justa confiou digna vanglória, que onde as armas, e as letras têm vitória, têm os anos, e os tempos rendimento. Não tema pois, a história a cinza obscena, se eloqüente uma mão, e outra alentada, põem na estampa dos Céus qualquer Camena: que era glória lograsse eternizada, para os vôos, arrojos nessa pena, para os rasgos, impulsos nessa espada.


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