Gilberto Gil

Drão

Drão, O amor da gente como um grão Uma semente de ilusão Tem que morrer pra germinar Plantar n'algum lugar Ressuscitar no chão Nossa semeadura Quem poderá fazer Aquele amor morrer Nossa caminhadura Dura caminhada Pela estrada escura Drão, Não pense na separação Não despedace o coração O verdadeiro amor é vão Estende-se infinito Imenso monolito Nossa arquitetura Quem poderá fazer Aquele amor morrer Nossa caminha dura Cama de tatame Pela vida afora Drão, Os meninos são todos sãos Os pecados são todos meus Deus sabe a minha confissão Não há o que perdoar Por isso mesmo é que há De haver mais compaixão Quem poderá fazer Aquele amor morrer Se o amor é como um grão Morre, nasce trigo Vive, morre pão Drão.


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Remetido por Bárbara Jô - bjgmachado@sec.secrel.com.br