O cego atravessa a rua
 com a sua bengala de prata,
Aflorando sons luminosos
 que descrevem o seu rumo.
 Rosa dos ventos fazendo
 da sua bengala de prata.
 Entre o bater nas pedras,
 o tato as coisas tocando,
 Talvez veja o que não vemos
 com nossos olhos intactos.
 Olhai:
 lá vai o cego passando
 com a sua bengala de paz.  |