Gilberto Avelino

O Cego
                  
 
O cego atravessa a rua
com a sua bengala de prata,

Aflorando sons luminosos
que descrevem o seu rumo.

Rosa dos ventos fazendo
da sua bengala de prata.

Entre o bater nas pedras,
o tato as coisas tocando,

Talvez veja o que não vemos
com nossos olhos intactos.

Olhai:
lá vai o cego passando
com a sua bengala de paz.

 
                                                                          
Remetente: Walter Cid

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 Página editada  por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  31  de Março de 1998