| Durmo, cheio de nada, e amanhã é, em meu coração,
 Qualquer coisa sem ser, pública e vã
 Dada a um público vão.
 O sono! este mistério entre dois dias
Que traz ao que não dorme
 À terra que de aqui visões nuas, vazias,
 Num outro mundo enorme.
 O sono! que cansaço me vem dar
O que não mais me traz
 Que uma onda lenta, sempre a ressacar,
 Sobre o que a vida faz ?!
 
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