Fernando Guedes


O Caule

Cinzentas procuras interceptam o paralelismo recusado. Sem preferência de ritmo as fotografias dividiram entre si os intervalos do tempo. Duas. No caminho vãos destinos se buscam. Só a molécula resiste, a flor aberta, o caule perfumado, a raiz vigorosa. onde a raposa construiu o seu covil, a folhagem criada para o abrigo do mocho, a inteira floresta, espinheiros e buxo, o labirinto, o eco da canção antiga, ingênua e tão distante. E do eco, do bosque, do labirinto, da flor aberta se nutre de novo o movimento. Os símbolos perfilam outro símbolo.


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