Félix Aires


Trovas

Longe, a gaivota voando, é um til perdido nos ares... E eu viajo, me recordando da bênção dos teus olhares! Por tua beleza tanta se enflora meu pensamento, e a boca da noite canta as melodias do vento. Da mais pura filigrana, com esse encanto de lenda, tu és uma trova humana vestida de seda e renda. Quando ela chega, seu riso é um lírio abrindo a corola e então nascem de improviso flores ao pé da viola. Que lindo o mar! Nestas rotas vejo as velas nos folguedo! Alva toalha de gaivotas sobre a mesa dos rochedos! Da caboclinha bonita armam-se os seios seguros, que são dois frutos maduros dentro de um ramo de chita!

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