Mais de 3.000 poetas e críticos de lusofonia!

 

 

 

 

 

Um esboço de Leonardo da Vinci, página do editor

 

 

Emil de Castro

Poesia:

  • Livro de inteiro teor, em pdf: A SINFONIA DOS CARACOIS

  • Livro de inteiro teor, em pdf: 50 POEMAS ESCOLHIDOS PELO AUTOR

  • Quatro poemas de Emil de Castro

  • Bio-bibli de Emil de Castro

     

     


    EMIL DE CASTRO nasceu em Mangaratiba, no dia 7 de janeiro de 1941. Advogado, escritor, poeta e historiador. Lecionou vários anos no Colégio Mangaratiba, onde se iniciou na literatura escrevendo no jornal estudantil O Marimbondo. Sua primeira publicação num jornal de grande porte foi no Jornal do Comércio, publicando logo após na revista Leitura. Seu primeiro conto foi publica­do na revista Singra. suplemento do jornal Correio da Manhã. Daí em diante passou a publicar em diversos jornais e revistas literários do Rio de Janeiro e de outros estados. Como prefeito de Mangaratiba, deu apoio integral à cultura de modo geral, criando centros culturais, bibliotecas, a Fundação Mário Peixoto. Cadernos de História Municipal. No Rio de Janeiro. fundou e dirigiu o jornal  Poesia etc.  

    Foi deito Procurador do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, em duas diretorias diferentes. Obteve, entre outros, os prêmios Fernando Chinaglia, da UBE-RJ ­literatura infantil, com o livro Histórias do vovô Pajé; Poetas-advogados, da OAB­- Niterói; e Prêmio Incentivo, da Biblioteca Nacional, pelo livro Jogos de armar. São seus livros de poesia, entre outros: O relógio e o sono, 1969, Habitação em campo urgente, 1973, Aprendiz do nada, 1992, Calidoscópio, 1992, Estação de partida, 2002, Poemas, 2002, Reserva do sonho, 2003, Código do terra, 2003, 50 poemas Escolhidos pelo autor, 2004.  

    Entre seus livros de ensaio e história, destacam-se: Jogos de armar: ávida do solitário Mário Peixoto, 2000, e Igreja N. S da Guia de Mangaratiba 200 anos, 1995. Premiado em vários concursos literários. Participou da Antologia dos novíssimos , org. por Walmir Ayala; de Poetas novos do Brasil, do INL; da Revista de Cultura Brasileña, publicada na Espanha pelo poeta e hoje acadêmico (ABL) Alberto da Costa e Silva.

    Fonte: Antonio Miranda

 

 

Renata Palottini

 

Marcia Theophilo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Emil de Castro

 

 

TERCEIRO MILÊNIO

 

Rasguei meus versos amigo Bocage.

Mas não acredito na eternidade.

Minhas vísceras deixei

Na mesa da sala de jantar

Como um troféu.

 

Agora entro na vida como cheguei desamparado

e nu: sou descendente de minhas angústias

e o que faço não me interessa

nem me serve de alguma certeza.

A única certeza é o trem

que flutua em minha direção.

O resto é o cheiro da graxa e do olé

que escorre do meu corpo

e a beleza do soneto aberto sobre a mesa

no fundo do meu peito

a bater sem parar.

 

9.11.99

 

 

 

O BÊBADO E A METÁFORA

 

O bêbado viu a lua na poça d'água.

Ele se viu lindo e imortal.

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Ensaio, crítica, resenha & comentário: 


Fortuna: 


Alguma notícia do autor:

 

   
 
Culpa

 

Elizabeth Marinheiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Riviere Briton, 1840-1920, UK, Una e o leão

 

 

 

 

 

 

Era um bêbado dançando numa corda que se estendia

entre o mar e o céu.

O bêbado amou sua fantasia de arlequim

e viu sua alma bêbada dançando sobre a cidade.

Nem percebeu que ele era uma ilusão,

puro delírio de um poeta

e mergulhou em busca de sua beleza

e não se encontrou do

outro lado da vida.

 

 

 

CARTÃO DE CRÉDITO

 

Há contas a pagar por roda vida.

Esgotei meus créditos na direta

razão de ser ausente.

Uma barata esmagada no vão da porta.

Não sou eu desculpem-me,

mas resta ainda a sensação de inseto

que corre nas minhas veias

e nem percebi que meu cartão de crédito

perdeu a validade.

 

9.11.99

 

 

A CARTOMANTE

 

Meu caminho está fechado

de punhais. Afiados dentes

de hienas que me espiam.

Riem de minha morte e

se banqueteiam com meus destroços.

 

São sete esquinas a minha vida:

alguém me espreita no beco

da noite. Apenas um número

me salvará de suas teias

nem a cana e nem a mosca

me salvam da certeza do amor

da dama vermelha da janela azul.

 

Extraídos de VOZES NA PAISAGEM. ANTOLOGIA DE POETAS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS I.

Org. Waldir Ribeiro do Val.  Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2005.