Eugênio de Freitas 

Minha Defesa
 
Irrefletidamente, adeus me dizes 
e me condenas, sem ter prova alguma 
de minha culpa em naturais deslizes, 
a que a mulher fiel não se acostuma. 

Arranquemos o mal pelas raízes, 
para evitar que um dia nos consuma! 
Não nos torne essa dúvida infelizes. 
No céu do lar, desapareça a bruma. 

Minha alma aflita ficará surpresa, 
e nada encontrarei que me conforte, 
se eu não puder te apresentar defesa. 

O que nos sucedeu - não mais te importe! 
Somente assim, sobreviverá certeza 
de nosso amor que há de vencer a morte!

 
Remetente: Chico Poeta

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Página editada por  Alisson de Castro,  Jornal de Poesia,  24 de novembro de 1997